20 anos depois, viaduto onde houve dois afogamentos no DF será reformado

Publicado em: 23/01/2014

Após 20 anos sem reformas, o viaduto em Ceilândia, Distrito Federal, onde duas pessoas morreram afogadas em pouco mais de três meses passará por reparos. A determinação foi repassada nesta quarta (22) pelo governador Agnelo Queiroz, ao secretário de Obras, David José de Matos, que garantiu iniciar os trabalhos de forma emergencial ainda esta semana.

Segundo Matos, os trabalhos devem durar entre 60 e 70 dias e tornou-se prioridade do estado depois que Manoel Silva Júnior morreu afogado com a água da chuva depois de ficar preso no VW/Gol em que era passageiro na noite desta terça (21). Em outubro do ano passado, no mesmo lugar, uma criança de seis anos também morreu afogada após ficar presa ao cinto de segurança de um ônibus escolar que tentou passar embaixo do viaduto, mas também foi surpreendido pela enxurrada.

Ele argumenta ainda que “o ideal é que a gente esperasse um pouco mais para o período de seca chegar e darmos início à licitação, mas o governador determinou que nós pegássemos todos os recursos disponíveis, até em prejuízo a outras cidades que atendemos, para darmos o suporte necessário e iniciarmos as obras o mais rápido possível”.

20 anos – O secretário disse que a pasta vai realocar nesta sexta (24) os equipamentos para começar a executar as obras e explicou que a dificuldade não está no trabalho em si, mas na burocracia. Ele explicou que a atual rede está lá há 20 anos e foi construída pelo metrô, que a interligou com a rede da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).

Segundo ele, “até então, tudo estava funcionando perfeitamente, mas quando aconteceu o fato lamentável em outubro passado fomos pesquisar as razões de o viaduto encher tão rápido e logo depois se esvaziar”.

Ele explica que na ocasião, foi comprovado que a rede estava funcionando, mas havia alguma obstrução. A Novacap utilizou um robô que passa por dentro das galerias e constatou que não havia nenhum tipo de entupimento que justificasse o problema. “Saímos atrás de outros motivos e descobrimos que hoje há incompatibilidade do volume de água que passa entre uma tubulação e outra, o que provoca um refluxo. Com isso, a água rapidamente sobe e depois é escoada normalmente”.

Nesta quarta (22) o viaduto foi interditado até que todos os problemas sejam completamente resolvidos.

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