O Governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, afirma que Brasília não será refém do medo. A declaração foi em resposta a questionamentos sobre a Operação Tartaruga da Polícia Militar do DF. A afirmação foi feita, hoje, durante a solenidade de inauguração da DF-451, em Brazlândia.
A crise entre o GDF, policiais militares e bombeiros teve início em dezembro passado, após um sargento da PM afirmar ao secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, que caso as reinvindicações de reajustes salariais não fossem atendidas, os PMs "darão o troco" na Copa do Mundo de 2014.
O episódio, gravado em vídeo e divulgado por meio da imprensa, aconteceu no dia 5 de dezembro, durante um café da manhã, realizado nas dependências do 11° Batalhão da Polícia Militar, em Samambaia, Região Administrativa do DF.
Dados do balanço oficial da Secretaria de Estado de Segurança Pública divulgados no último dia 29, apontam a crescente onda de crimes no DF. O balanço aponta mais de 60 mortes violentas no mês de janeiro, contra 40 no mesmo período em 2013. A incidência maior ocorre nas regiões administrativas de Ceilândia, Planaltina e Samambaia, o que pode ser um reflexo da mobilização dos policiais na operação tartaruga.
Em nota publicada hoje, a assessoria de comunicação do GDF, reconhece a operação "Tartaruga" como um movimento reivindicatório dos militares por melhorias salariais. No entanto, observa que “há lentidão nos trabalhos e, em casos extremos, o não atendimento de ocorrências, o que tem deixado os moradores do Distrito Federal apreensivos.”.
Segundo Agnelo, "A categoria tem todo o direito de reivindicar. O que não pode é colocar em risco a vida da população. O Governo do Distrito Federal vai tomar todas as medidas necessárias para que Brasília não se torne refém do medo", frisou o governador.
O governador afirma estar dialogando com a equipe do governo para solucionar o impasse e que o movimento não reflete o pensamento de toda a corporação da Polícia Militar do Distrito Federal.
"Eu tenho certeza que o que está ocorrendo é fruto de uma ação muito pequena, com interesses políticos, e não da maioria da corporação, que tem compromisso com a nossa população", finalizou. Em meio à crise do GDF com os policiais militares, a população do DF assiste ao aumento da criminalidade e sofre com a sensação de insegurança.
Por Ana Paula Oliveira