A capitã Melissa Rocha, da Polícia Militar do Distrito Federal, está entre os militares que estão sitiados numa base da Organização das Nações Unidas (ONU) em Juba, capital do Sudão. A informação é do Comando da Academia da PM em Brasília que disse que a capitã e outros oito militares de diversos países tentam impedir que refugiados acessem o local, por falta de espaço para acomodar pessoas que tentam fugir da violência decorrente da crise política no país.
Os refugiados temem ser alvo de militares do Sudão do Sul, responsáveis por uma tentativa de golpe no país, ainda segundo o comando da Academia da PMDF, tenente-coronel Leonardo Sant’Anna. De acordo a ONU, mais de 7 mil pessoas buscavam refúgio na base da entidade no Sudão nesta segunda (16).
Segundo agências internacionais de notícias, há relatos de vários confrontos e tiros em diversas áreas de Juba. O espaço aéreo está fechado e o toque de recolher foi decretado.
Mensagens – A família da policial ainda não foi contatada, mas pelo Facebook, a capitã Melissa Rocha postou às 18h27 desta segunda (17) uma mensagem em que dizia estar bem e que aguardava a reabertura do espaço aéreo para poder deixar o Sudão em direção a Uganda.
De acordo com Sant’Anna, as últimas mensagens de Melissa por celular relatavam que ela estava bem, mas que o clima de insegurança na base era cada vez maior, que os refugiados aparentavam bastante fome e sede e diziam ter caminhado vários quilômetros para chegar até o local. Os mantimentos dentro da base da ONU seriam insuficientes para atender os moradores, segundo o tenente-coronel.
Ainda segundo o tenente-coronel, a comunicação com a capitã foi interrompida por volta das 17h30 (horário de Brasília) desta segunda (16). Ele afirmou ainda que o contato com a policial estava sendo feito por meio de um aplicativo de celular que permite o envio e recebimento instantâneo de mensagens de texto, mas ele soube que o fornecimento de energia em Juba foi interrompido.
Sudão do Sul – Num blog, a capitã Melissa aparece em fotos ao lado de militares do Exército do Sudão do Sul. De acordo com o site, a oficial postou, em agosto deste ano, a seguinte mensagem: “Ainda estou me adaptando. O povo não gosta muito de fotos e se o exército local vê, costumam apreender os aparelhos. Então, melhor evitar qualquer tipo de conflito. Mas é tudo muito interessante. Outra realidade! Tenho vontade de tirar foto de tudo! Parece que estou num filme! A cidade não tem água encanada nem energia elétrica. O transito é bizarro…”.
As informações são do G1 e PMDF.