Agnelo diz que pedido de aumento de enfermeiros é perverso

Publicado em: 06/12/2013

O governador Agnelo Queiroz classificou, nesta quinta (05), como "perverso" o protesto por reajuste salarial dos enfermeiros da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Nesta quinta, a categoria fez uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti. A categoria reivindica isonomia salarial com odontólogos. Parte dos enfermeiros também paralisou as atividades nos hospitais e postos de saúde do DF. 

Segundo Agnelo, os enfermeiros da rede pública ganham até três vezes mais que profissionais do setor privado e já foram contemplados com reajuste salarial na atual gestão, com incorporação das gratificações no salário definitivo. “Os enfermeiros foram atendidos, tiveram uma conquista extraordinária. Nosso governo incorporou toda a gratificação que existia no salário definitivo e eles tiveram um aumento extremamente elevado”, justificou. 

A Secretaria de Saúde informou que há negociações com a categoria. Segundo a pasta, a pauta proposta é negociada entre a Secretaria de Planejamento do DF e o sindicato da categoria. 

Perverso – O governador afirmou que as reivindicações dos enfermeiros não terá apoio do governo. “Agora eles querem fazer outra reivindicação porque os odontólogos tiveram um aumento e querem acompanhar. Isso não teria fim, porque toda vez que tivesse aumento da categoria, todas as outras querem igual. Isso é perverso contra o povo”. 

De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Fátima Aparecida Lemes, o aumento dado aos odontólogos e médicos foi bem superior. “Nós, enfermeiros, estamos indignados com a discrepância do aumento salarial. Tivemos uma média de 5% a 10% de aumento e os médicos, de até 69%", disse. “A gente acredita na sensibilidade do governo em corrigir o equívoco feito pela Secretaria de Administração [Pública]." 

Protesto – Cerca de 400 pessoas, segundo a Polícia Militar, fizeram bloqueios temporários nas seis faixas da via N1 do Eixo Monumental, nesta quinta. O protesto provocou congestionamento na área central de Brasília e afetou o atendimento em todos os hospitais, centros e postos de saúde do DF. Apenas UTI\\\\\\\\\\\\\\\’s, emergências e centros cirúrgicos tiveram atendimento. 

Atualmente, a rede pública de saúde do DF tem cerca de 4 mil enfermeiros. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde, que informou que a paralisação não prejudicou o atendimento na rede pública nesta quinta, apesar disso, segundo emissoras de TV de Brasília, pacientes tiveram que voltar para casa por falta de atendimento. 

Com informações do Correio Braziliense, G1 e R7.

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