Cerca de 60 Black Blocs são detidos na Esplanada dos Ministérios

Publicado em: 16/11/2013

Cerca de 60 manifestantes identificados pela Polícia Militar do Distrito Federal como usuários das técnicas black block, foram detidos por danos ao patrimônio público, na noite desta sexta (15). O grupo foi flagrado na Esplanada dos Ministérios, durante manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Eles tentavam invadir o prédio e chegaram a quebrar alambrados, antes de serem detidos, segundo informações da polícia.

 

Todos foram encaminhados à 5ª DP (Setor Bancário Norte) onde foram autuados. Cerca de 14 eram menores e foram encaminhados para a Delegacia da Criança e do Adolescente. Cerca de 300 policiais militares faziam a segurança durante a manifestação.

 

Segundo a PM, foram encontrados com os manifestantes máscaras, rojões, artefatos para produção de coquetel molotov, drogas e canivete. O major Claudio Santos disse que a acusação é de formação de quadrilha e dano ao patrimônio público. “Eles passaram da barreira aceitável para manifestação e passaram a ter atitudes agressivas, começaram a forçar a barreira do Planalto e do STF. E aí quando quebrou a Polícia Militar agiu porque havia o risco real de eles invadirem as duas casas. Não houve confronto físico, a gente fez a imobilização de forma muito rápida e sem violência”, afirmou.

 

Protesto – De acordo com os próprios manifestantes, um dos motivos do protesto era o que chamaram de “regalias” para os condenados no processo do mensalão presos nesta sexta (15), como o fato de não terem sido usadas algemas nas prisões. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, expediu mandado de prisão de 12 réus no meio da tarde.

 

Foram autuados 25 homens e sete mulheres; até as 0h, 12 homens e 3 mulheres ainda permaneciam na 5ª DP. De acordo com a Polícia Militar, não houve pichação ou depredação do Palácio do Planalto ou do Supremo Tribunal Federal.

 

Prisões – De acordo com o major Cláudio, os manifestantes foram agressivos. “Temos filmagens, elas vão ser analisadas. As pessoas serão confrontadas com imagens e aqueles em que for comprovada a participação, eles vão arcar com suas ações”, afirmou.

 

O advogado que defende os manifestantes, Gilson dos Santos, afirmou que vai pedir a liberdade provisória para que eles não sejam levados para um presídio. “O delegado informou que não vai ter fiança porque estão sendo autuados por dano e formação de quadrilha. Como os dois são combinados, não dá fiança. Vamos entrar com liberdade provisória para ver se eles não são transferidos para o presídio, eles ficariam na carceragem”, afirmou o advogado.

 

Para ele, “O delegado está fazendo a prisão de forma arbitrária. No direito penal, você tem que individualizar a pena. Se só tem duas grades quebradas, só duas pessoas podem ser presas, que são as pessoas que quebraram. Então basta que o policial diga quem foi o responsável”.

 

As informações são da PMDF.

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