A polícia do Distrito Federal procura o presidente da Cooperativa da Feira dos Importados de Brasília (Cooperfim), que é considerado foragido da Justiça há cinco dias, suspeito de extorquir e ameaçar feirantes. Damião Leite Soares também é acusado de atrapalhar investigação do Ministério Público. Ele e os 21 membros da Cooperfim foram denunciados por formação de quadrilha.
Para os promotores, há irregularidades no processo de venda do lote onde funciona a feira, pois os cerca de dois mil feirantes não têm nenhum documento de posse dos boxes. Mesmo assim, são obrigados a pagar uma taxa de R$ 436 por mês por ocupar pouco mais de um metro quadrado. No boleto emitido pela cooperativa aparecem as taxas de luz, água, pagamento de funcionários e também a prestação da compra do terreno que a Cooperfim tem com a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap).
O advogado dos feirantes, Carlos Abraão Faiad, lembra que “era um terreno nu e cru, sem nada, sem benfeitoria. Eles que praticamente fizeram todas as benfeitorias. A Ceasa vendeu, através da Terracap, esse imóvel, envolvendo essas benfeitorias, completando esses valores”.
Preventiva – Não é a primeira vez que a Justiça decreta a prisão de Damião Leite Soares. Em fevereiro deste ano, no mesmo processo, a Justiça determinou a prisão preventiva dele, por já atrapalhar as investigações. Ele, então, entregou o cargo de presidente da cooperativa e passou a responder o processo em liberdade.
Testemunhas dizem, porém, que Soares voltou à presidência da cooperativa e passou a pressionar os feirantes novamente. Por isso, ele teve a prisão decretada novamente.
Com informações do G1.
