Marlon Ferreira, acusado de cometer uma chacina em Cidade Ocidental confessou o crime e detalhou a morte das quatro pessoas da mesma família, inclusive das duas crianças, de 2 e 3 anos. “O choro deles me irritou bastante e eu matei”, disse o rapaz que foi preso em Ceilândia nesta segunda (07), após denúncia anônima. Ele foi levado para o Centro Integrado de Operações (Ciops) de Cidade Ocidental e deve responder por quatro homicídios triplamente qualificados e roubo.
Segundo Marlon, ele tinha um caso com a mulher assassinada, que era irmã da ex-esposa do suspeito. De acordo com ele, o marido dela estava no trabalho e, antes do crime, ele foi com a mulher para um bar, onde beberam e usaram cocaína e voltaram para a residência, onde as crianças dormiam. Ele contou ter discutido com a mulher "por besteira" e a matou a facadas. As crianças acordaram e, ao verem a mãe morta, começaram a chorar. Irritado, ele golpeou as crianças com a mesma faca.
Depois disso, ele afirmou ter ficado na casa à espera do marido da vítima. “Ele chegou do serviço, se deparou com a cena e aí eu dei um golpe nele”, disse o homem, que fugiu com a motocicleta do homem assassinado.
Frieza – Incialmente, o delegado Rafael Pareja, responsável pelo caso, havia informado a suspeita do crime ter sido motivado por vingança, pelo fato do suspeito ser ex-marido da irmã de uma das vítimas. Mas, nesta manhã, ele disse acreditar que o fato se deve ao consumo de drogas. “Chama a atenção não só a frieza, mas também o fato dele estar drogado o dia inteiro. Provavelmente isso alterou a consciência dele, para que ele pudesse provocar esse absurdo”, disse o delegado.
Chacina – João Alexandre Alcântara, Janaína Guedes e duas crianças, um menino de três e uma menina de dois anos, foram mortos a facadas. Segundo a polícia, o acusado brigou com o casal e vizinhos dizem ter ouvido gritos das crianças vindos da casa onde o crime aconteceu.
Os corpos foram descobertos três dias depois pelo cunhado da mulher, Paulo Batista da Rocha, que foi até a casa da família, porque não conseguia contato por telefone. “Quando cheguei até a casa, chamei por eles na porta, mas ninguém atendeu. Então pulei o muro e ao entrar no lote, senti um cheiro forte. Com um martelo, consegui quebrar a janela do quarto e ver os corpos”, descreveu.
Com informações do G1.