Decapitados, casal de homossexuais ainda não foi enterrado seis meses após o crime

Publicado em: 03/07/2013

As famílias de um casal de homossexuais decapitados em dezembro do ano passado no Pedregal, bairro do Novo Gama em Goiás, região do Entorno do Distrito Federal denunciaram à TV Record que não conseguem enterrar os corpos, seis meses após o crime porque o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia não teria feito as liberações.  A reportagem da TV Record Brasília informou que tentou ligar no IML para falar com o setor responsável, mas não teve sucesso. 

Uma das vítimas é José Dalvanei Alves Pereira, de 37 anos. A mãe dele, Maria Antônia Pereira da Silva, disse que nunca conseguiu ver o corpo do filho, que precisou ser levado para o IML de Goiânia para fazer o exame de DNA.  “Fui lá em abril e disseram que a máquina de fazer os exames estava quebrada, só que agora, seis meses depois, nada foi resolvido e nem conseguir enterrar meu filho eu consigo”, lamenta.  

Segundo a aposentada, ela foi a uma funerária para adiantar os procedimentos, cinco dias após a morte do filho e pagou R$ 400 pelo caixão e o transporte do corpo, mas até agora não teve sucesso. A outra vítima é uma travesti que vivia há cerca de um ano com Dalvanei, e foi identificada somente como Camila. Na época, o padrasto de Pereira afirmou que nenhum dos dois tinha envolvimento com drogas, mas que costumavam beber. 

O crime – O crime aconteceu um dia antes do natal. O casal foi encontrado morto dentro da casa que vivia. Inicialmente, os vizinhos acionaram equipes do Corpo de Bombeiros acreditando que se tratava somente de um incêndio, no entanto, depois que os homens do resgate chegaram ao local e controlaram as chamas, dois corpos carbonizados sem as cabeças foram encontrados dentro da residência. As cabeças foram localizadas a 500 metros do local onde tudo aconteceu. Também foi encontrado um facão que teria sido usado no crime. 

Três dos cinco suspeitos do crime foram presas no dia seguinte, acusados do duplo homicídio. Alex Brito, Carlinda de Araújo e Diego Nogueira foram encontrados na quadra 607 A do Pedregal. Os policiais já tinham a informação do paradeiro dos suspeitos. Na casa de Alex, foram encontrados uma escopeta, munição, um quilo de maconha e uma trouxa de cocaína. Na delegacia, os três suspeitos negaram o envolvimento no crime, mas afirmaram que conheciam o casal. 

Dalvanei e Camila teriam se envolvido em uma confusão, depois de tomar cerveja em um bar da região. A mãe de Pereira também informou que o filho teria recebido ameaças da vizinha nos últimos dias, porque estaria saindo com o marido dela. 

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