Após seis dias internado, morreu neste sábado (20), em Goiânia, um recém-nascido que teria sido vítima de intoxicação aguda causada por crack. A informação é da assessoria de imprensa do Hospital Materno Infantil (HMI).
Em nota, a assessoria do HMI informou que causa da morte não está esclarecida, mas a equipe médica coletou material para análise toxicológica detalhada e enviou a um laboratório em São Paulo, para saber realmente qual substância causou a intoxicação. O resultado deve ficar pronto até o fim desta semana.
Segundo o diretor clínico da unidade de saúde, Ivan Isaac, desde a noite de sexta (19) para sábado (20), a criança sofreu quatro paradas cardíacas e a equipe médica do hospital passou toda a manhã em constante procedimento de reanimação.
Intoxicação – A intoxicação aconteceu no último domingo (14), em Aparecida de Goiânia, quando o bebê foi encaminhado a um hospital no Setor Garavelo. Segundo relato de familiares a funcionários do hospital, a criança teria inalado fumaça de crack.
Segundo Ivan Isaac, as primeiras informações são de que a mãe da criança é usuária de drogas desde a gestação. “A mãe consumia droga durante toda a gravidez. A criança continuou aspirando a droga logo depois que nasceu. Pelo que eu vi, as consequências são iguais à de um adulto quando há overdose”, afirmou o Isaac, ressaltando que trata-se de um caso atípico.
Providências – O Conselho Tutelar de Aparecida de Goiânia, na divisão do Setor Garavelo, acompanha o caso. O conselheiro Júnior Pinheiro informou ter identificado os pais do bebê, que possuem mais quatro filhos. “Eles consumiam as drogas em casa, na presença das crianças”, disse Pinheiro afirmando que as crianças estão morando provisoriamente com os avós e que o Conselho iniciou um trabalho preventivo junto à família. “Falamos com os avós para que eles cuidem das outras crianças que o casal tem”, afirmou.
O conselheiro contou ainda que a avó do recém-nascido pediu ajuda ao órgão. “Ela se mostrou muito triste com o fato. Ela pediu para que o conselho ajudasse a família, porque o filho dela também precisa de ajuda para deixar o vício”, declarou. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia está investigando o caso.
Com informações da TV Anhanguera.