Os servidores do Detran decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça (04). Eles cobram do governo do Distrito Federal o cumprimento de um acordo feito na última greve, em outubro de 2012. No último dia 21, os servidores fizeram uma paralisação de advertência.
Com a greve, o sindicato dos servidores do órgão afirmou que todos os postos ficarão fechados e vistorias e outros serviços agendados só poderão ser remarcados após o fim da greve. Apenas os serviços disponibilizados pela internet vão continuar funcionando, como consulta de veículos e habilitações ou solicitação da segunda via de multas.
Os exames de direção já estavam suspensos, por causa da greve dos instrutores, iniciada no último dia 20. Os servidores do Detran-DF alegam que tiveram o auxílio-refeição cancelado e que os funcionários do órgão não estão recebendo treinamento para atuar nas copas das Confederações e do Mundo.
A Secretaria de Administração Pública disse que só volta a negociar com a categoria após o fim da paralisação. A pasta alega que todos os servidores do Detran tiveram reajuste em 2012. A pasta também afirmou que houve aumento de 22% no ticket refeição, já pago neste mês. A última reunião entre o governo e a categoria ocorreu na semana passada. A próxima ocorreria nesta semana, mas foi suspensa.
Instrutores – De acordo com Antônio de Sá Viana, presidente do Sindicato dos Instrutores e Empregados em Auto e Moto Escolas do DF (Sieame-DF), o impasse com os patrões está na reivindicação de pagamento de auxílio-alimentação. “Aceitamos o reajuste de 7,5%, desde que venha com o auxílio-alimentação, que baixamos de R$ 20 para R$ 18”, fala Viana.
Já o presidente do Sindicato das Autoescolas do DF (Sindiauto-DF), Francisco Joaquim Loiola, diz que as autoescolas não têm recursos para pagar o auxílio-alimentação. “Temos o piso salarial mais caro do país e uma das habilitações mais baratas”, argumenta informando que nas empresas mais caras, 20 aulas de direção e o exame custam R$ 400. Segundo a comissão de negociação dos empresários, o pagamento do benefício não é viável no momento e para dar o auxílio-alimentação, seria necessário aumentar o preço da carteira, o que, segundo eles, levaria os alunos a procurarem autoescolas de Goiás.