A marcha era uma manifestação pela liberdade de expressão, liberdade religiosa e família tradicional, mas ao que parece, esqueceram de avisar isso aos homens que faziam a segurança no palco e retiraram um pastor à força, porque ele portava uma bandeira colorida, símbolo da igreja pentecostal do Evangelho Quadrangular. Não parou por aí: Os seguranças também cercearam a liberdade de imprensa e interrompeu o repórter fotográfico do portal G1, que tentava fazer imagens da retirada.
A confusão se deu nesta quarta (05) em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, no ato organizado pelo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e que reuniu 40 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e 70 mil segundo os organizadores. A bandeira que o pastor carregava era parecida com a do arqui-inimigo dos evangélicos, o movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis. (LGBT), os seguranças pediram que ele se retirasse. A assessora do pastor tentou intervir e houve confusão. O pastor resistiu e foi retirado à força do palco pelos seguranças.
Após a retirada do pastor, representantes da igreja esclareceram aos organizadores do evento que o homem forçado a deixar o local é religioso e destacaram que ele apenas segurava a bandeira símbolo de uma congregação evangélica, então os seguranças trouxeram o pastor de volta ao palco. A organização do evento disse aos jornalistas que “houve um mal-entendido” e que adotou a medida porque o evento é de “todas as igrejas evangélicas” e que, portanto, não era permitido portar bandeiras de igrejas específicas.
Integrantes de grupos evangélicos tomaram o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, para manifestar pela liberdade religiosa, pela liberdade de expressão e pelos valores da família tradicional, na tarde desta quarta-feira (5). A organização do evento estima que 70 mil pessoas participavam do evento às 17h30. A Polícia Militar estimou o público em 40 mil pessoas.
Para falar de liberdade de expressão, Malafaia afirmou que o Brasil confunde liberdade com libertinagem, criticou o movimento LGBT e defendeu o direito de expressar a opinião contra homossexualidade. “No Brasil se critica tudo, governadores, a polícia. Mas criticar a prática homossexual é homofobia”, disse completando em seguida que “o ativismo gay é o fundamentalismo do lixo moral. Raça é condição. Você não pede pra ser negro ou branco. Mas homossexualismo é comportamento”. O pastor também se disse contra o aborto e que “o feto não é prolongamento do corpo da mulher”.