DF tem suspeita de morte por H1N1. Saiba como prevenir e tratar

Publicado em: 31/05/2013

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal investiga se a causa da morte de um taxista na última quarta (29), foi o vírus da gripe H1N1, causador da gripe A. O laudo que indicará o motivo da morte sai em 15 dias. De acordo com a assessoria da pasta, o homem tinha sintomas de gripe forte. Ele buscou atendimento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e depois seguiu para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde morreu. Segundo a família, no Hran ele teve alta, mesmo com febre de quase 40 graus. 

Este mês, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal recebeu do Ministério da Saúde mais 102 caixas de Tamiflu, medicamento com o princípio ativo fosfato de oseltamivir, usado no tratamento do vírus da gripe. O medicamento é oferecido gratuitamente na rede pública de saúde e é recomendado a pessoas integrantes dos grupos que tenham condição ou fator de risco, como crianças menores de 2 anos, gestantes, puérperas, indígenas, idosos, obesos e doentes.

 

A infectologista clínica da Secretaria de Saúde, Lívia Vanessa Gomes ressalta que o tratamento deve ser iniciado de imediato. “Não é preciso esperar a confirmação laboratorial ou o agravamento do caso, pois não há contraindicações”, informou lembrando dos cuidados básicos para prevenir a doença, como lavar bem e com frequência as mãos com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies e não compartilhar objetos de uso pessoal. 

 

Cerca de 342 mil pessoas, 75,5% do público-alvo do Distrito Federal, foram imunizadas na campanha nacional de vacinação contra gripe no DF, entre 15 de abril e 10 de maio. A meta era proteger 450 mil. O DF recebeu 500 mil doses da vacina que protege o paciente de três variações do vírus, entre eles o H1N1, causador da gripe A.

 

H1N1 – A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A, que resulta da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente. O período de incubação varia de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas e acontece pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias.

 

Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão agressivo quanto se imaginava. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Center for Deseases Control (CDC), um centro de controle de enfermidades, nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius).

 

Sintomas – Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. No entanto, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência. Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarreia.

 

Diagnóstico – Existem testes laboratoriais rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe. No caso do H1N1, como se trata de uma cepa nova, o resultado demora aproximadamente 15 dias. No entanto, nos Estados Unidos, já foram desenvolvidos “kits” para diagnóstico, que aceleram o processo de identificação do H1N1.

 

Vacina – A vacina contra a influenza tipo A é feita com o vírus (H1N1) da doença inativo e fracionado. Os efeitos colaterais são insignificantes se comparados com os benefícios que pode trazer na prevenção de uma doença sujeita a complicações graves em muitos casos. Existe ainda uma vacina com ação trivalente, pois imuniza contra o H1N1e o H3N2 da influenza A e contra o da influenza B.

 

É bom lembrar que a vacina contra gripe sazonal que está sendo distribuída atualmente no Brasil foi preparada a partir de uma seleção de subtipos de vírus que representavam ameaça antes de aparecer o H1N1, uma variante nova de vírus influenza tipo A.

 

Tratamento – É de extrema importância evitar a automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes à medicação Os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas, que se seguem ao aparecimento dos sintomas.

 

Recomendações – Para proteger-se contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus, o CDC recomenda:

 

* Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool;

 

* Jogar fora os lenços descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;

 

* Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes;

 

* Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo;

 

* Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;

 

* Suspender, na medida do possível, as viagens para os lugares onde haja casos da doença;

 

* Procurar assistência médica se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza tipo A.

 

As informações são do DF TV, Dr Drauzio Varela e Portal R7.

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