Agentes socioeducativos do DF entram em greve

Publicado em: 20/05/2013

Agentes de unidades de medidas socioeducativas anunciaram nesta segunda (20) a paralisação das atividades por tempo indeterminado nas instituições de internação de jovens infratores do Distrito Federal. Os agentes reivindicam reajuste salarial de 20% a 25%, liberação de porte de armas e a criação de carreira própria para a atividade socioeducativa, que atualmente se enquadra na carreira pública de assistência social. 

O sindicato informou que os agentes estarão presentes nas unidades para garantir alimentação, segurança, banho de sol e saúde, mas as demais atividades, como oficinas profissionalizantes, escola, recreação e escolta estarão suspensas.

De acordo com o vice-presidente do sindicato, Cristiano Torres, uma assembleia será realizada na quinta-feira (23) para definir se as visitas familiares durante o fim de semana serão suspensas.

Pela manhã, os agentes fizeram uma manifestação na entrada da Unidade de Internação do Plano Piloto (UIPP), antigo Caje. Os agentes devem fazer uma carreata nesta terça (21), saindo do Caje em direção à Câmara Legislativa do Distrito Federal, para apoiar a derrubada do veto ao 3º artigo da lei distrital 1.185/2012 que permite o porte de arma aos agentes socioeducativos.

Greve – A greve foi decidida no último dia 16, durante assembleia do Sindicato dos Agentes de Reintegração Social, quando participaram cerca de 600 servidores, de um universo de 840. “Não somos assistentes sociais. Criando a carreira própria será possível ter a maior valorização do servidor que está fazendo medidas socioeducativas”, disse Torres. 

O sindicalista relatou que o salário médio bruto de um servidor da categoria em início de carreira é de R$ 4,3 mil, mas os agentes reclamam que não há valorização por tempo de serviço. “Um funcionário com dez anos de carreira ganha R$ 250 a mais que um funcionário recém-contratado”, disse. 

Negociações – Segundo ele, a categoria há meses vem se reunindo com representantes da Secretaria de Administração Pública, que prometeu concluir as negociações até junho, mas ainda não apresentou nenhuma contraproposta para os servidores. 

Em nota, a Secretaria da Criança informou que sempre manteve o diálogo com os agentes socioeducativos e que estranhou o início da greve, uma vez que as negociações estavam em pleno andamento. A pasta afirmou que vai agir com firmeza “para garantir o bom andamento da prestação de serviços essenciais ao sistema socioeducativo”. o GDF informou ainda que a questão do porte de armas é de competência da União. 

Com informações do G1 e do Correio Braziliense.

 

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