Servidores da saúde e da educação do DF discutem reajuste em assembleias

Publicado em: 21/03/2013

O Sindicato dos Servidores da Saúde do Distrito Federal (SindSaúde) realizaram assembleia geral nesta quinta (21), marcando o início da campanha de reestruturação do plano de carreira. O Sindicato decidiu mobilizar a categoria, após o GDF suspender a mesa de negociações com os representantes dos servidores. 

Os docentes da rede pública de ensino também se reuniram em assembleia hoje (21) para discutir a proposta de reajuste salarial feita pelo GDF, mas ao fim da reunião a categoria não definiu se aceitará ou recusará o que foi proposto, mas definiu nova assembleia para o dia 3 de abril e que uma nova reunião com representantes do GDF deve acontecer até segunda (25) e então os professores devem se reunir novamente para decidir o caminho das negociações.

 

Ambas categorias pedem ao GDF isonomia de tratamento.

 

SindSaúde – O SindSaúde, que representa mais de 100 categorias de nível médio, protesta contra a postura do GDF, que, segundo a entidade, não trata servidores e médicos com isonomia. “A saúde do DF não é feita apenas de médicos. Somos tratados como se fôssemos invisíveis pela atual gestão e não vamos permitir discriminações. Somos servidores e exigimos isonomia no tratamento”, afirma Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde. 

 

A pauta de reivindicações inclui a incorporação de gratificações, a mudança dos técnicos para analistas, a redução da carga horária e exigem que a Gratificação de Atividade de Técnico Administrativo (GATA) aprovada em dezembro último seja liberada em apenas uma parcela, e não em três anos, nos mesmos moldes conquistados recentemente pelos enfermeiros.


Nesta quarta (20) a presidente da Comissão de Educação e Saúde da Câmara Legislativa, deputada Liliane Roriz (PSD), questionou a líder do governo Arlete Sampaio (PT) sobre o motivo da suspensão das negociações com os servidores da Saúde. Em seu discurso, a deputada afirmou que haveria uma “movimentação estranha do governo”, que deveria estar trabalhando para reverter a situação da saúde no DF, que ela classificou como “caótica”. 

 

Arlete explicou que o governo sabe até que ponto pode negociar com a categoria. “Em nenhum momento houve bloqueio do diálogo com os servidores. O que ocorre é que a cada rodada de negociações são colocadas novas demandas. O governo não pode aceitar ameaças de greve, caso não concorde com alguma das reivindicações”, comentou Arlete.

 

Docentes – Os docentes da rede pública suspenderam as aulas em algumas escolas do DF nesta quinta (21) para que os professores pudessem participar da assembleia do Sindicato de Professores da Rede Pública do DF (Sinpro) em que decidiram estabelecer uma agenda para a negociação com o governo. Por enquanto, nada ficou decidido sobre o reajuste proposto. O objetivo dos professores é que o GDF garanta melhorias ao que já foi apresentado. Além disso, eles continuam exigindo que a categoria alcance isonomia em comparação a outras carreiras públicas.

 

Em fevereiro deste ano, o governo propôs o rompimento da exigência de exclusividade para recebimento da gratificação Tidem, paga a professores que trabalham em regime de dedicação exclusiva ao magistério e a determinada escola. O reajuste proposto à época foi de 15,76% nos salários, dividido ao longo de três anos e a gratificação passaria a ser incorporada no salário. O reajuste foi uma das promessas do governo na negociação que deu fim à greve de professores, em maio de 2012.

 

Para garantir a isonomia, o Sinpro pede que outras gratificações além da Tidem também sejam incorporadas ao salário. Outra reivindicação é a redução dos padrões profissionais para a carreira, que implica na diminuição do tempo que o professor leva para atingir melhores cargos e salários. "Essa é a única carreira com salário médio abaixo do que é estipulado pelo nível superior. Queremos sair dessa condição de ter um dos menores salários do GDF", afirma Vanusa Sales, diretora do Sinpro-DF.

 

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