Inframérica é autuada após transtornos no Aeroporto Internacional de Brasília

Publicado em: 02/03/2013

Filas, engarrafamento de aeronaves, atrasos em voos, falta de energia. O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília teve um dia tumultuado neste sábado (02), por conta de uma pane no sistema elétrico, que durou das 6h10 às 8h45, mas deixou sequelas que foram sentidas principalmente pelos usuários durante o restante do dia. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autuou o consórcio Inframérica, que administra o aeroporto.

De acordo com a Anac, a empresa que administra o terminal poderá ser multada em até R$ 1,6 milhão ao dia por não ter assegurado a adequada prestação do serviço.

Além da penalidade, a Anac afirmou que exigirá do concessionário a apresentação de um plano de contingência para evitar que a falta de energia prejudique as operações do aeroporto. O concessionário terá sete dias para entrega do plano, sob pena de outra multa. A assessoria da Inframérica afirmou que o consórcio não vai se pronunciar sobre a autuação da Anac neste momento.

A Inframérica informou no sábado (02) que uma falha na linha de transmissão gerou uma pane no sistema, o que prejudicou a distribuição de energia no terminal. O consórcio disse que vai apurar se o problema está relacionado com a queda de energia que ocorreu na madrugada deste sábado, no Lago Sul.  A Companhia Energética de Brasília (CEB) informou que que uma árvore caiu no transformador que abastece o Lago Sul às 3h; o fornecimento foi normalizado na região às 9h30.

 

Por volta das 10h, havia 16 aeronaves no pátio, taxiando em fila para o desembarque de passageiros, mais seis sobrevoando o Aeroporto de Brasília aguardando autorização de pouso e outras 13 esperando para decolar, segundo informações do comandante do voo 6320 da Avianca. No início da tarde, dos 98 voos que saíram do aeroporto JK, 68,4% tiveram atraso; 6 (6,1%) estavam fora do horário entre 13h e 14h e cinco voos foram cancelados.

 

Irframérica – Segundo a assessoria do consórcio Inframerica, que assumiu a administração do aeroporto nessa sexta (1º), a queda de energia foi causada por uma série de oscilações na linha de transmissão, ocorrida de madrugada e o fato acarretou um atraso médio de duas horas nos voos. A Inframerica explicou na nota que não houve falhas no sistema elétrico de controle dos voos, apenas no terminal de passageiros. Assim, a segurança do tráfego aéreo não foi ameaçada com o incidente.

 

A concessionária, que está no segundo dia de administração do aeroporto JK, sem supervisão da Infraero, afirmou que ao assumir o controle operacional do aeroporto, realizou o mapeamento de todo o sistema elétrico e detectou a necessidade de instalação de um sistema de automação, que está prevista para este ano. 

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