Futebol: Justiça do DF aceita denúncia contra Arruda e o presidente do Barcelona

Publicado em: 14/03/2013

Na Justiça do Distrito Federal tramita uma ação que pode classificar o futebol como "jogo sujo". O presidente do Barcelona, Sandro Rossel, acusado de participar de suposta fraude envolvendo o amistoso Brasil e Portugal, ocorrido em 2008, no Distrito Federal passa a ser réu na Justiça do Distrito Federal, que aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra ele e outros sócios da empresa Alianto, o ex-governador Roberto Arruda, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, que depois de uma série de denúncias se desligou da entidade, após 23 anos no comando. 

Rossel é suspeito de ter embolsado R$ 1 milhão da cota de R$ 9 milhões recebida pela empresa Alianto para organizar o amistoso que inaugurou o estádio Bezerrão, no Gama. A Alianto foi contratada pelo governo do DF, sem licitação, para organizar o amistoso. Ainda segundo a denúncia, Rossel teria repassado R$ 705 mil a Ricardo Teixeira e a Ailanto teria outras ligações com o ex-presidente da CBF. Um desses elos seria a filha de Ricardo Teixeira de 11 anos e teria recebido mais de R$ 3,8 milhões do presidente do Barcelona.

 

Defesa – O advogado do presidente do Barcelona no Brasil, Antenor Madruga, disse que a denúncia é “totalmente absurda”. “O MP fez uma denúncia depois de dois anos de investigação, uma investigação a que a polícia não havia chegado a nenhuma conclusão, não encontraram nenhum indício de superfaturamento ou corrupção. Eu tenho certeza que isso não vai ter futuro. É só uma dor de cabeça”, disse Madruga.

 

O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, informou em 2011, quando as suspeitas vieram à tona, que em 2008 quando o amistoso foi negociado, os jogos da seleção brasileira eram vendidos a uma empresa da Arábia Saudita, que detinha os direitos de negociação, contratação e produção dos eventos, o que tiraria da CBF qualquer responsabilidade sobre eventuais irregularidades.

 

Já Arruda nem a defesa dele não se pronunciaram até o momento. Na época em que surgiram as primeiras suspeitas sobre o caso, em 2011, o então advogado do ex-governador, Edson Smaniotto, disse que havia exceções que permitiam ao governo fazer contratos sem licitação – caso do pagamento de jogos da seleção brasileira.

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