Em assembleia realizada nesta quinta (27), os policiais civis do Distrito Federal rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 15,8%, oferecida pelo governo à categoria. O índice foi oferecido e divulgado oficialmente na semana passada por Agnelo Queiroz, durante entrevista coletiva, para avaliar os dois anos de gestão.
A PCDF pleiteia o mesmo percentual de reajuste dado aos delegados: 25%. De acordo com o Sindicato de Policiais do DF (Sinpol-DF), a ideia é não causar um distanciamento nos salários e que atualmente um delegado em início de carreira recebe R$ 13 mil, enquanto um agente tem salário de R$ 7 mil e o reajuste oferecido causaria um aumento da diferença salarial entre os cargos. “Nós queremos que no mínimo continuemos com essa distância”, afirma Ciro de Freitas, presidente da Sinpol-DF.
Negociações – Esta semana, antes da realização da assembleia, representantes de entidades de classe representativas da PCDF procuraram o deputado Wellington Luiz para que intercedesse junto ao governador e ele, juntamente com o deputado federal Roberto Policarpo se encontraram na quarta (26), na residência oficial de Águas Claras, na presença de integrantes de sindicatos representativos da categoria, mas o governador afirmou que o acordo não estava sendo quebrado, pois conforme prometido por ele, o que fosse ofertado à Polícia Federal seria concedido à PCDF.
Agnelo encaminhou à categoria um documento afirmando: “Caso o Governo Federal retome as negociações com os Agentes da Polícia Federal e apresente tabela salarial diferente da proposta ora apresentada a esta categoria, o Governo do Distrito Federal se compromete a encaminhar, imediatamente, mensagem à Presidência da República que garanta isonomia com os servidores da Polícia Federal. Em permanecendo o impasse entre os Agentes da Polícia Federal e a União, o Governo do Distrito Federal buscará um novo entendimento com o Governo Federal, no sentido de manter a proporcionalidade entre o piso dos delegados e o teto dos Agentes, nos moldes da tabela atual”.