No DF, taxa de incidência de Aids aumenta acima da média nacional

Publicado em: 22/11/2012

Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de incidência de Aids no Distrito Federal aumentou acima da média nacional nos últimos dois anos. Em 2010 eram 16,7 portadores da doença a cada grupo de 100 mil pessoas no DF e atualmente o número aumentou para 19,5, o que representa um crescimento de 16,7%. Já a taxa de incidência nacional no mesmo período, passou de 17,9 infectados com o vírus HIV a cada grupo de 100 mil habitantes para 20,2, um aumento de 12,8%. 

Apesar do aumento maior que a média do país, Brasília ocupa a 25ª posição no número de casos de contaminação entre as capitais do Brasil. A maioria dos infectados pelo vírus da Aids no DF é de homens, brancos, heterossexuais e com idade entre 30 e 44 anos. Segundo a pasta, o grupo mais vulnerável atualmente são os homens heterossexuais que também fazem sexo com outros homens sem proteção.

 

O MS informou ainda que o número de mortes ficou praticamente estável nos últimos dois anos. Em 2011, 117 pessoas morreram de Aids; em 2010 foram 118. A Secretaria de Saúde do DF informou que está implantando, em oito centros de saúde da rede pública, o exame rápido para detecção da doença e início imediato do tratamento.

 

Aids no DF – O primeiro caso de aids no Distrito Federal foi diagnosticado em 1985. De lá para cá muita coisa mudou. Com o surgimento dos antirretrovirais, medicamentos que combatem a multiplicação do HIV no organismo, o diagnóstico de aids, aos poucos, foi deixando de ser uma sentença de morte.

 

Apesar de, atualmente, a Aids ser considerada uma doença crônica, viver com HIV/Aids não é uma tarefa das mais fáceis. Assim como o hipertenso ou o diabético, a pessoa soropositiva precisa seguir uma rotina diária de medicamentos e outros cuidados com sua saúde. Além disso, quem vive com HIV/Aids, por vezes, lida ainda com o preconceito e a discriminação.

 

Não adquire-se o HIV através do ar, do abraço, do beijo ou do sexo com camisinha. Se hoje sabemos que o HIV, vírus da aids é transmitido por secreções como sangue, esperma e líquido vaginal, fica claro que para não ter contato com o vírus, basta não ter contato com estas secreções, usando sempre a camisinha e evitando compartilhar objetos contaminados com sangue.

 

E é aí que vem o grande nó crítico. Por que, apesar do conhecimento de grande parte da população sobre os métodos de prevenção, novos casos de Aids ainda vem acontecendo (principalmente através de relações sexuais)? Mais do que preservativos disponíveis e informação, é preciso que haja uma mudança de atitude por parte de cada um. O HIV não escolhe sexo, raça ou situação social. Mas cada um pode escolher entre o risco e a prevenção.

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