De acordo com dados de uma pesquisa feita pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), 54% da população é formada por negros. Ainda assim, poucos destes moram nas áreas nobres. Um exemplo é a área do Lago Sul e Lago Norte, duas das regiões mais ricas do DF, que possuem 81% da população formada por pessoas não negras.
O levantamento aponta que nas regiões mais pobres, o quadro é inverso: lugares como Estrutural, Varjão e Itapoã, perfazem um total de 71% a 76% da população é negra. Segundo a Codeplan, os negros têm baixas rendas e foram morar nas regiões de menor poder aquisitivo, criadas essencialmente a partir de invasões e de assentamentos, mais distantes do centro da capital.
Além disso, a pesquisa da Codeplan conclui que esta população negra do DF apresenta as piores condições socioeconômicas devido à falta de qualificação, o que significa que a menor instrução leva a empregos menos qualificados e com remunerações menores, o que aprofunda as diferenças entre os negros e não negros.
Em relação à educação, do total de negros do DF, 4,4% são analfabetos incluindo os que sabem apenas ler e escrever e os que possuem alfabetização de adulto, enquanto 9,7% possui ensino superior completo. A mesma pesquisa aponta ainda que o rendimento médio por hora dos negros e pardos assalariados do DF é menor para todas as ocupações, em comparação com os não negros.
