A deputada Eliana Pedrosa (PSD) voltou a pedir nesta quarta-feira (28) a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Saúde Privada. As justificativas para a retomada do pedido foram as recentes denúncias publicadas pela imprensa, em que médicos auxiliares estão sendo trocados por técnicos em enfermagem durante cirurgias em hospitais particulares do Distrito Federal.
Não é a primeira vez que Eliana defende a realização de uma CPI na Saúde Privada. Em março desde ano, a parlamentar protocolou pedido de abertura de CPI, que contou com a assinatura de 14 deputados distritais, mas não foi adiante. “Hoje os hospitais privados são como uma rede hoteleira e os médicos atendem na hora que querem. Nos fins de semana e feriados, em função das escalas, a situação é caótica. E agora mais esta denúncia de que estão trocando médicos auxiliares por técnicos em enfermagem durante cirurgias.”, afirmou Eliana.
Nesta quarta (28), a Câmara Legislativa discutiu os problemas enfrentados pela categoria de auxiliares e técnicos de enfermagem durante audiência pública sugerida pela deputada Celina Leão (PSD). O diretor-administrativo do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do DF (Sindate), Jorge Viana de Souza, cobrou melhora na remuneração da categoria e também melhores condições de trabalho. “Não é justo que nossa profissão, que salva vidas, seja tão desvalorizada. Em qualquer profissão se a pessoa erra ela tem a chance de reparar o erro. Mas na enfermagem, se nós errarmos o paciente morre. Não temos a mesma chance”.
Depois das reportagens, o Conselho Regional de Medicina (CRM) abriu sindicância para apurar as denúncias publicadas. Além da troca de médicos auxiliares por técnicos em enfermagem durante cirurgias, existem outras acusações que deve ser analisadas. Presente no debate, a superintendente do Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casa de Saúde e Clínicas do DF, Daniela Souza Feitosa, disse apenas que haverá esforço para atender as reivindicações dos funcionários.
A rede de hospitais privados responde por 30% dos atendimentos em todo o DF. E mesmo recebendo uma parcela menor da população, o serviço não está sendo de qualidade.
