Abdon Henrique foi aprovado pela CLDF, mas o Bacen ainda não deu aval

Publicado em: 08/11/2012

Nesta terça (06) a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou a indicação e Abdon Henrique para a presidência do Banco de Brasília (BRB), conforme noticiamos. Ocorre que, como também já havíamos registrado, a “experiência” e a “qualificação” de Abdon para o cargo vêm sendo questionadas e na semana passada uma audiência para discutir o caso foi realizada no Banco Central (Bacen), reunindo o Sindicato dos Bancários de Brasília através dos diretores Antonio Eustáquio e Eduardo Araújo, representante de Brasília no Comando Nacional dos Bancários e a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) com o chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf) do Bacen, Adalberto Gomes da Rocha.

 

O Deorf é o responsável pela avaliação dos nomes indicados para ocuparem cargos diretivos nas instituições financeiras e Adalberto é quem dará a palavra final sobre a capacidade do indicado do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, para presidir o BRB. Segundo registra o Sindicato, na sabatina do dia 31 de outubro na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da CLDF, “o que se evidencia é que Abdon, por mais ‘disposição e vontade de trabalhar’ que tenha, conforme suas palavras, não demonstrou capacidade técnica para administrar o BRB”.

 

Adalberto Gomes afirmou que, assim que receber a indicação, o Bacen fará minuciosa análise da conduta e também do currículo do indicado, primando pela observância da capacitação técnica. Afirmou ainda que recentemente um indicado para compor a diretoria da BRB DTVM foi considerado inapto para o cargo, o que demonstra a preocupação do Bacen em referendar o nome de pessoas realmente capacitadas e de conduta ilibada.

 

O Sindicato frisa que espera uma averiguação realmente minuciosa por parte do Bacen e lembra que em outra ocasião, o Bacen já aprovou nome de indicado para a presidência do BRB que veio a ser preso, envolvido em esquemas de corrupção. “O banco não pode ser tratado como instrumento para acertos políticos. E se o governador não pensa assim, esperamos que o Bacen coloque as coisas em seus devidos lugares: para administrar banco, necessita-se de pessoas capacitadas efetivamente, e não apenas o fato de que sejam amigas do governador como elemento mais importante do currículo”, critica Antonio Eustáquio.

 

Artigos relacionados