Nesta segunda (22) a greve da Polícia Civil do Distrito Federal completa dois meses, tornando-se a maior paralisação na história da categoria no DF, que deflagrou a “operação padrão” no dia 23 de agosto e desde então, apenas crimes hediondos ou flagrantes estão sendo registrados nas 38 delegacias circunscricionais do DF. A segunda maior greve foi a anterior, realizada em novembro de 2011, com 37 dias parados. Na quarta uma assembleia foi marcada para definir se a greve continua ou não.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol – DF), os policiais reivindicam reestruturação da carreira, reajuste salarial, aumento do efetivo, construção de novas delegacias, nomeação de agentes penitenciários e plano de saúde subsidiado. Segundo a entidade, o governador Agnelo Queiroz quando ainda era candidato em 2010 havia feito a promessa de atender à categoria, entretanto o GDF informou que não há possibilidade de aumento salarial.
De fato, no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que prevê os gastos para 2013, não há nenhuma previsão de aumento para os Servidores Públicos do Distrito Federal, porém segundo o GDF, a Secretaria de Administração Pública estaria fazendo um estudo orçamentário que prevê mudança do plano de saúde a partir de janeiro do próximo ano, contratação de 3.029 servidores para 2013. A secretaria informou ainda que foi redigida minuta de proposta para os agentes penitenciários atuarem na Polícia Civil.
Apesar de a população reclamar de que não está conseguindo registrar ocorrências durante a greve, o Sinpol – DF garante que 80% do efetivo está trabalhando assim. A direção da Polícia Civil afirmou que não vai divulgar dados a respeito de números de ocorrências no período da greve deste ano, em relação ao mesmo período no ano passado.
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