GDF pede na Justiça o desbloqueio do lixão

Publicado em: 17/10/2012

O governo do Distrito Federal pediu ao Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) nesta terça (16) que determine o desbloqueio do acesso ao lixão da Cidade Estrutural, que está interditado desde o último dia 10, pelos catadores, que impedem a entrada de caminhões no local, em protesto contra o novo modelo de coleta de lixo que o GDF quer implantar. Através de Parceria Público-Privada (PPP), o trabalho passaria a se feito por uma empresa particular, o que impediria a coleta de materiais no lixão e a venda de material reciclável por parte das cooperativas de catadores. 

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) disse que já se reuniu quatro vezes com os catadores e que o texto da pareceria público privada foi modificado para incluir os trabalhadores no novo modelo de coleta. Na manhã de terça (16), funcionários e donos das empresas que fazem a coleta de lixo produzido pelo setor de construção civil fizeram um protesto contra o movimento dos catadores. 

Com o fechamento do lixão, as usinas de reciclagem e tratamento de resíduos orgânicos estariam recebendo mais material do que comportam desde a última segunda (15), segundo a SLU. Na última segunda (15), os catadores haviam decidido permanecer mobilizados. Até o fechamento desta reportagem, não conseguimos contato com representantes da categoria.

Recuo – Nesta segunda (15) o GDF assinalou um recuo e não deve mais tirar as atribuições do SLU e repassá-las à Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). A notícia foi dada no auditório da Câmara Legislativa, na audiência pública sobre a Estruturação da Carreira dos Servidores do SLU.

Na audiência, a líder do PSD na Casa, a deputada Eliana Pedrosa (PSD) lembrou a existência da Lei 4.518/2010, que fala sobre finalidade, competências e reestruturação administrativa do SLU. “Não há outra possibilidade de mudanças sem que seja enviado um novo Projeto de Lei para a Câmara Legislativa. E aqui na Casa vamos debater e fazer o que for melhor para os funcionários do SLU”, afirmou Eliana e a líder do governo na Câmara, deputada Arlete Sampaio (PT), informou que o governo desistiu da ideia de tirar atribuições do SLU. 

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