Edmeire Celestino Silva, que se popularizou como “marido de Dilma” esteve rondando o Palácio da Alvorada mais uma vez, nesta quarta (03). “Meu coração me disse que eu vou encontrá-la e nós vamos nos casar hoje”, disse à reportagem do R7 DF. Ela afirmou que estava lá com esperança de se casar com a presidente Dilma Rousseff, a quem ela se refere pelo nome do meio, Vana. Demonstrando confusão mental, afirmou em outro momento que estava no local para lembrar Dilma de que no próximo dia 31 o casamento completa dois anos.
Edmeire contou ainda ter ficado um tempo sem ir às proximidades do Palácio da Alvorada, para evitar problemas com os seguranças, mas nesta quarta (03), eles permitiram que ela se sentasse junto com os jornalistas que fazem cobertura da residência oficial. “Eles perceberam que eu não quero fazer nada de mal para a presidenta, que só quero perguntar se ela quer casar comigo”. Segundo ela, uma negativa de Dilma, por meio de um gesto, bastaria para que ela fosse embora e desistisse do casamento.
Centro POP – Edmeire está em Brasília desde o feriado de 7 de Setembro e afirma que não vai embora para Campinas, no interior de São Paulo, onde mora. Morando na rua e se abrigando nas proximidades do Palácio do Planalto, Edmeire contou ter feito amizade com os vigilantes da região, de quem obtém ajuda em “algumas coisas”.
Contando passar algumas noites em postos de assistência social, elogiou o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) de Brasília. Edmeire sugere que o centro tenha uma política especial para deficientes visuais e diz que gostaria de falar sobre a ideia com a presidente.
Além do apoio dos assistentes sociais e de comerciantes, ela sobrevive com ajuda da mãe que manda dinheiro para a jovem. Ela diz que dona Neusa Ferreira da Silva entende o seu sonho de encontrar Dilma. “Ela sonha em se casar com o marido dela e eu sonho em me casar com a minha esposa”, afirma. A jovem possui bom vocabulário e em vários momentos falou sobre problemas sociais do país.
Quando não está de plantão para tentar ver a presidente, a jovem diz que faz “boas obras”, como recolher lixo das ruas. “Fico tentando ensinar a fazer um Brasil melhor, porque não adianta jogar tudo nas costas da Presidência sem a população fazer a sua parte”. Segundo a reportagem do R7 DF, Edmeire se mostrou uma pessoa bastante educada e providenciou uma cadeira para acomodar o repórter, que cumprimentou e despediu com um beijo na mão.
