PF encontra carro de Wilton Tapajós na Bahia e prende 4

Publicado em: 15/08/2012

A Polícia Federal localizou em Barreiras, na Bahia, o carro que estava com o agente Wilton Tapajós Macedo no dia em que ele foi assassinado no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Quatro pessoas estão presas suspeitas de envolvimento com o crime. De acordo com a PF, a localização do carro foi informada por um dos suspeitos durante depoimento nesta terça (14).

Segundo a Policia, o agente foi vítima de latrocínio e morreu quando estava já imobilizado no chão. De acordo com a versão, eles queriam apenas o carro, que foi encontrado com placa e documentos adulterados e até um adesivo de campanha eleitoral. Duas pessoas foram presas em Barreiras e mais duas em Valparaíso de Goiás. 

A Polícia Federal deteve uma pessoa suspeita de envolvimento no assassinato do agente federal Wilton Tapajós Macedo, que morreu com dois tiros na cabeça no mês passado, quando visitava o túmulo dos pais, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. O suspeito começou a ser ouvido na superintendência do órgão desde a manhã desta terça (14). A PF informou ter pedido a quebra do sigilo telefônico do suspeito. 

Segundo laudo preliminar de balística, os tiros que mataram Tapajós foram de revólver calibre 38: o primeiro, na nuca, à média distância, foi o tiro fatal; o segundo, na têmpora, à queima-roupa, foi o de confirmação. De acordo com a PF, Macedo estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O assassino levou o carro que estava com o policial, que era do filho de Macedo, mas a arma que ele portava – uma Glock 9 milímetros – e a carteira não foram roubadas. 

Wilton Tapajós trabalhava na Polícia Federal desde 1987. O último cargo que ocupou foi no núcleo de inteligência que trabalhou nas investigações da Operação Monte Carlo, que levou o contravento Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, à prisão em 29 de fevereiro deste ano. De acordo com o chefe da operação, delegado Matheus Rodrigues, Macedo participou das investigações desde o início, em 2009. 

A delegacia que investiga o caso, a 1ª DP, na Asa Sul, informou que o agente teria sofrido ameaças e até registrado ocorrência na Corregedoria da Polícia Federal (PF) após ser perseguido por um carro na saída de um shopping de Brasília. Os investigadores trabalham com duas possibilidades: morte encomendada ou acerto de contas. 

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