A administração regional de Taguatinga não autorizou a realização da 7° Parada do Orgulho de Lésbicas Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) de Taguatinga. Programado para 16 de setembro, na Avenida Comercial Norte, o evento foi desautorizado pelo administrador Carlos Jales, com o aval do seu padrinho político, o deputado Washington Mesquita (PSD). O deputado distrital Chico Vigilante (PT) interveio e o Governo do Distrito Federal garantiu a liberação do ato, através do secretário Swedenberger Barbosa da Casa Civil.
Para vetar o evento, o argumento usado foi o da segurança e tranquilidade dos moradores. “A Administração Regional de Taguatinga não é contra o evento, mas sim a favor que ele seja feito num local fixo onde possamos dar todo o apoio em segurança. Sugerimos o estacionamento do Serejinho. A Administração almeja sempre a tranquilidade em Taguatinga. Na comercial por se tratar de um local onde tem muitas residências preferimos manter a tranquilidade dos moradores”, afirmou a administração.
Homofobia – De acordo com Fabinho, ativista da organizadora do ato, a Associação Gay, Lésbica e Simpatizante do DF e Entorno, o veto foi absurdo, até por conta da autorização ter sido encaminhada desde o início do ano e a Administração dar esta resposta às vésperas da Parada. “Absurdo esse veto! Pedimos autorização em janeiro deste ano! E aí, nesta semana, veio essa afronta à Constituição! De toda forma, convocamos a todos para estar na parada, no domingo 16 de setembro, ao lado do Taguacenter. A parada vai acontecer!”, disse Fabinho.
Para a organização do evento, a proibição do administrador e o aval do deputado distrital cristão Washington Mesquita foi uma demonstração de intolerância e desrespeito à diversidade e o movimento LGBT desencadeou campanha nas redes sociais contra a homofobia da dupla com a divulgação do panfleto que ilustra a matéria.
De acordo com informações passadas pela imprensa local, o impedimento teria sido orquestrado pela Igreja Católica, encabeçado pelo padre Moacir Anastácio Domingos, organizador do Pentecostes, em Taguatinga e acabou virando uma briga política e religiosa. O padre Moacir e o deputado negam interferência no assunto.
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