Começam trabalhos de reposição dos vidros no STF

Publicado em: 03/07/2012

Nesta terça (03) começam os trabalhos de reposição dos vidros da fachada do Supremo Tribunal Federal (STF), destruídos no último domingo (01), após um voo rasante de um caça Mirage F-2000 da Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com a estimativa divulgada pela assessoria do STF, o serviço deve se estender por duas semanas. O incidente do domingo obrigou o presidente da Suprema Corte, Carlos Ayres Britto a trabalhar em outro local, já que as janelas do gabinete da presidência ficaram destruídas.

A aeronave causou um deslocamento de massa de ar, causando uma onda de choque que estilhaçou os vidros do STF, duas fileiras de janelas do prédio anexo do Senado, trincou vidraças do palácio do Planalto e alcançou residências no Lago Norte (+aqui).

No caso do STF, uma vistoria foi realizada nesta segunda (02) e de acordo com o setor de manutenção da Corte, 320 metros quadrados de vidros precisarão ser trocados, o que deve dar um gasto de R$ 35 mil. Os prejuízos do restante dos estragos ainda não foram divulgados.

Piloto – Nesta segunda (02) a Aeronáutica informou que afastou temporariamente o piloto que operava o caça Mirage F-2000, no voo que danificou as vidraças do STF, enquanto apura as circunstâncias do incidente. “O piloto passará por uma avaliação operacional e poderá sofrer sanções”, diz a nota divulgada pela corporação.

Ainda segundo o comunicado, os danos foram causados quando uma das aeronaves que sobrevoava a Praça do Três Poderes atingiu 1.100 km/h, “excedendo o limite de velocidade adequada”, em cerimônia de troca da bandeira. Segundo a Aeronáutica, o recomendado é que a velocidade da aeronave não se aproxime da velocidade do som, que é de 340 m/s ao nível do mar (1.100 km/h equivalem a cerca de 305 m/s). “Vale salientar que todos os sobrevoos ocorreram em altitudes dentro das margens de segurança e não houve risco de acidente com as aeronaves”, diz o texto.

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