Nesta terça (24), dois pintores morreram ao cair de um andaime de um prédio em construção no Gama, no entorno do Distrito Federal. Eles eram irmãos e caíram do sétimo andar. No dia 15 de julho, um homem de 25 anos morreu em Águas Claras ao cair do nono andar de um prédio em construção, enquanto descarregava blocos de concreto e no mês passado, um operário morreu ao cair de uma altura de cerca de 30 metros do Estádio Nacional de Brasília.
Dados do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do mobiliário de Brasília (STICMB) dão conta de que entre 1º de janeiro e 16 de julho deste ano, nove operários morreram em canteiros de obras do DF e foram registrados 28 acidentes. Em 2011, 17 trabalhadores morreram em obras e o número total foi de 58 acidentes.
Fiscalização – Na maioria dos acidentes, o motivo é o mesmo: a falta de algum ou de todos os equipamentos de segurança. O presidente do STICMB, Edgar Paula Viana acredita que os números são reflexos da falta de fiscalização, mas afirma que vem sendo feito um esforço conjunto dos sindicatos patronal e da categoria, junto com Tribunal Regional do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho, em ações de prevenção, mas tem sido insuficiente. “A Delegacia Regional do Trabalho trabalha com oito fiscais para todo o DF. Precisaríamos de 150”, calcula.
Já o presidente da comissão de política e relações trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscom), Izídio Santos, afirmou que os casos mais comuns de acidente em obras envolvem queda, choque elétrico e soterramento. Ele também ressalta que há poucos fiscais da Superintendência do Trabalho atualmente para averiguar se as empresas estão seguindo as normas de segurança, mas lembra que os acidentes fatais tem mais de uma causa. “Geralmente é um somatório de fatores”, disse Santos.
Com informações de G1DF
