A Justiça do Distrito Federal condenou mais um envolvido no escândalo da Caixa de Pandora, o escândalo de suposto pagamento de dinheiro ilícito a políticos no governo de José Roberto Arruda. Júnior Brunelli, o pastor da oração da propina, terá de devolver R$ 3 milhões de reais, sendo que R$ 1,4 milhão corresponde a indenização por danos morais à população do DF, pela exposição e constrangimentos causados nacionalmente pelas gravações em que aparece recebendo dinheiro de origem ilícita das mãos de Durval Barbosa.
O ex distrital teve ainda os direitos políticos suspensos por 10 anos, de acordo com a decisão desta quinta (14), assinada pelo juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF. A primeira a ser condenada foi a Eurides Brito (PMDB), que no episódio ficou conhecida como a deputada da bolsa (+aqui) e foi condenada a devolver R$ 3,48 milhões. O distrital esteve preso recentemente, acusado de outras ilicitudes com o erário público. Brunelli teria desviado verbas de R$ 1,7 milhão, destinado a entidade ligada a familiares dele, por meio de emendas para programas sociais com idosos (+aqui e aqui).
Além de indenização por danos morais, os R$ 3 milhões que Brunelli terá de devolver envolvem ainda devolução de dinheiro público, dos R$ 400 mil que recebeu em 40 parcelas mensais de R$ 10 mil, das mãos de Durval, em troca de apoio ao Executivo na Câmara Legislativa e inclui multa de R$ 1,2 milhão. Durval Barbosa afirmou depoimentos à Justiça e ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a mesada variava entre R$ 10 mil a R$ 20 mil e que em algumas vezes, era paga quinzenalmente.
