Arapongagem no DF teria atingido cerca de 300 pessoas, incluindo Agnelo Queiroz

Publicado em: 30/05/2012

 Nesta terça (29), Sandro Avelar, secretário de Segurança do Distrito Federal, anunciou que o sigilo telefônico do governador Agnelo Queiroz foi quebrado ilegalmente em dezembro do ano passado, junto com outras cerca de 300 pessoas cujos telefonemas foram monitorados ilegalmente.

O anúncio ocorre no mesmo dia em que o Diário Oficial da Câmara Legislativa do Distrito Federal traz a publicação da prorrogação por 10 dias para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Arapongagem, que tem o objetivo de investigar denúncias de escutas ilegais na Casa Militar, com anuência do GDF (+aqui).

De acordo com Avelar, o número de Agnelo foi identificado entre os telefones rastreados desde fevereiro, mas somente agora o GDF divulgou a informação. A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap) investiga o caso há três meses e já identificou um suspeito, cuja identidade. Segundo o secretário, a investigação não foi revelada, para não atrapalhar o trabalho da polícia.

De acordo com as investigações, uma pessoa teria ligado para a operadora de celular que fornece linhas ao GDF, se passando por um servidor e conseguiu trocar a senha de acesso, passando a receber informações de ligações realizadas e recebidas por funcionários públicos do governo local. Avelar afirmou que o criminoso só teria acessado horários e durações dos telefonemas. “Não se tem notícia sobre acesso aos diálogos. O GDF foi vítima de uma indústria criminosa de bisbilhotagem ilegal”, disse o secretário.

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