Vigilante diz que Demóstenes se esconde ao ser pego nos seus maus feitos

Publicado em: 04/04/2012

 

 

“Principal sustentáculo de uma facção do crime organizado”, foi assim que o deputado Chico Vigilante, líder do Bloco PT/PRB na Câmara Legislativa, definiu o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), durante o pronunciamento no comunicado de líderes na sessão ordinária desta terça-feira (03/2).

O deputado relembrou que no fim do ano passado, o senador, juntamente com outros correligionários do DEM e do PSDB, esteve na Câmara Legislativa para pedir o impeachment do governador do DF Agnelo Queiroz. Para Chico, o senador tem dupla personalidade, na ocasião, ele já sabia que estava envolvido com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, no entanto, pousava de paladino da Justiça e da moralidade. “Já havia sido pego com calças curtas”, afirmou Vigilante.

O parlamentar criticou o foro privilegiado que funciona como um escudo para políticos desonestos que cometem crimes e acabam não sendo punidos. A lentidão da Justiça, aponta, piora esse quadro. Para Chico deveria ser criada uma vara especial para julgar somente crime político no Brasil. “Crimes envolvendo político no Brasil deveria ter prioridade absoluta”, afirmou.

O inquérito da Polícia Federal, analisa Chico Vigilante, deveria ser pedido pela Justiça para ser analisado na totalidade. “São mais de seis mil páginas que merecem uma análise aprofundada”. Para Chico, a PF é uma instituição republicana, que não tem medo de cara feia. “Este País está sendo passado a limpo”, disse. E lembrou que a Polícia Federal estava investigando apenas o bicheiro e a ramificação dos negócios dele por meio da operação Monte Carlo quando detectou o envolvimento do senador Demóstenes Torres na trama.

Apesar de o advogado do senador ter afirmado que as provas contra Demóstenes não são legais, o deputado disse que não há mais como fugir da verdade, que o senador deve ser cassado. “Agora anda fugindo da imprensa, justo ele, que sempre adorou apontar o defeito dos outros, agora se esconde quando é pego nos seus maus feitos”.

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