Nesta sexta (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski negou o pedido da defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). O advogado Antonio Carlos Almeida, Kakay, pretendia considerar inválidas as gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, onde o parlamentar é flagrado em conversas suspeitas com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Lewandowski considerou prematuro acatar a liminar que pretendia desconsiderar as gravações como provas válidas contra o senador, que tem foro privilegiado. As escutas foram autorizadas pela Justiça Federal em Goiás e a defesa de Torres alega que somente o STF poderia autorizar grampos telefônicos do parlamentar, porém o procurador Geral da República, Roberto Gurgel, esclareceu que os grampos são legais, porque o alvo era Cachoeira.
O ministro ressaltou que até agora não fez análises do mérito da questão e ainda não tem opinião formada. “Neste momento, a investigação está sendo comandada pelo procurador-geral da República. Ele é quem comanda as investigações. Eu apenas determinei, a pedido dele, a abertura do inquérito. Vão ser coletadas as provas pedidas pelo Ministério Público e isso poderá ou não desencadear uma ação penal contra o senador”, afirmou Lewandowski.