Protógenes Queiroz diz que assunto com comparsa de Cachoeira era profissional

Publicado em: 11/04/2012

 

 

O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) teve pelo menos seis conversas suspeitas com Idalberto Matias Araújo, o Dadá, um dos homens de confiança de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. As gravações indicariam que os dois tiveram encontros em lugares como postos de gasolina e hotéis. Nesta quarta (11), o deputado afirmou estar sendo vítima do esquema do contraventor e garantiu que não tem qualquer vínculo com o grupo, classificando as acusações como levianas.

Protógenes usou a tribuna para fazer sua defesa. "Eu sou vítima do sistema Cachoeira; as acusações são levianas, servem para criar uma cortina de fumaça e inclusive atrapalhar a CPI. O diálogo relatado está fora de contexto do esquema criminoso", defendeu-se. Para ele, que é delegado licenciado da Polícia Federal, as acusações contra ele seriam uma cortina de fumaça nas investigações sobre a rede de jogos ilegais no País e suas ramificações dentro do poder público.

O deputado afirmou que vai solicitar os áudios da Operação Monte Carlo ao procurador-geral da República, pois quer analisar algum suposto indício de que o contexto da conversa era Cachoeira ou qualquer outra operação criminosa. O parlamentar afirmou ainda que sua relação com Dadá seria “unicamente profissional e sem proximidade com Cachoeira. Segundo ele, as conversas eram sobre demandas da Operação Satiagaha, deflagrada pela PF em julho de 2008, contra crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal, que culminou na prisão do banqueiro Daniel Dantas.

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