Os deputados distritais fizeram uma reunião para definir os rumos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar denúncias de grampos ilegais, que teriam sido feitos por um núcleo de inteligência mantido por funcionários lotados na Casa Militar. Segundo as denúncias, foram feitos 80 grampos telefônicos clandestinos. Os alvos seriam deputados distritais e pelo menos um federal.
Pelo acordo desta terça (17), a CPI da Arapongagem seria instalada nesta quarta (18), porém não houve sessão ordinária e em uma reunião entre os distritais nesta quarta (18), ficou definido que a
instalação será na próxima terça (24) e que as investigações iriam centrar em escutas ilegais feitas entre 2001 e 2012.
Reunião da base – Antes da reunião na CLDF, 18 deputados da base aliada e quatro secretários estiveram reunidos com o governador Agnelo Queiroz (PT) na residência oficial de Águas Claras. De acordo com o porta voz do GDF para este assunto, Paulo Tadeu, a reunião aconteceu para que o governador prestasse esclarecimentos sobre as denúncias de um suposto esquema clandestino de escuta telefônica de políticos e adversários.
Inforseg – Segundo Tadeu, o governador pediu que as polícias Militar e a Civil investiguem as denúncias e que o GDF teria sido alvo, não autor de escutas clandestinas. “O governador tem convicção de que nenhum membro do governo fez qualquer tipo de ilegalidade ou arapongagem”, afirmou. Ele afirmou ainda que a utilização do Inforseg não é arapongagem, já que é um banco de dados presente em vários estados. Ele lembrou ainda que somente pessoas autorizadas podem acessar o sistema.
Sobre o pedido feito pelos deputados, de exoneração do chefe da Casa Militar, Coronel Leão, ele informou que antes, o assunto será investigado. “As apurações devem ser feitas para que haja justiça. Não existe nenhuma informação de que ele tenha feito qualquer tipo de grampo ilegal”, afirmou.