Aprovados no concurso para motorista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal aguardam a nomeação para a ocupação dos cargos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF). O concurso teve 308 aprovados, já foi homologado desde o fim de 2011, mas até agora ninguém foi nomeado. Enquanto isso o serviço, que no DF recebe R$ 739,5 mil mensais do Ministério da Saúde para operar com 37 ambulâncias, roda apenas com 31 carros, e segundo a própria gerência do serviço, faltam médicos e motoristas para permitir que todos os veículos estejam em circulação.
De acordo com o gerente do Samu, Rodrigo Caselli, o valor repassado pelo ministério é destinado ao custeio e manutenção e não pode ser utilizado para contratação de pessoal. O provimento dessas vagas seria responsabilidade da Secretaria de Saúde. “Se pudesse, não teríamos tido esse problema”, afirmou.
Concursados – Do outro lado dessa pendenga, estão os motoristas aprovados no último concurso, que na manhã desta sexta (23), estiveram em um grupo de aproximadamente 30 pessoas na Câmara Legislativa, pedindo providências para a nomeação dos concursados. Eles apresentaram documentos emitidos pela Secretaria de Saúde e pela Controladoria do Distrito Federal, que segundo o representante do grupo, Rodrigo Ramalho, comprovariam que o governo estaria pagando horas extras a outros servidores para cumprir as funções que seriam exercidas pelos recém-concursados.
Ainda nesta sexta (23), os manifestantes pretendem se reunir com o deputado Washington Mesquita (PSD), presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), mas de acordo com a assessoria do parlamentar, Mesquita solicitará a participação do secretário-adjunto de Saúde, Elias Miziara, na reunião.
Sinal vermelho – A Secretaria de Saúde alega que o concurso realizado em agosto de 2011 foi para contratação de 100 motoristas e preenchimento de 200 vagas em cadastro de reserva para o SAMU e o documento com a solicitação de convocação dos aprovados foi enviada para a Secretaria de Administração Pública e aguarda sinal verde do governo para nomear os aprovados, conforme edital. Por sua vez, a Secretaria de Administração confirmou o recebimento de ofício da Saúde com o pedido, mas disse que a solicitação foi devolvida devido à falta de documentação completa.
