Nesta quinta (08), os professores do Distrito Federal aprovaram em assembleia um indicativo de greve por tempo indeterminado. A paralisação deve começar a partir desta segunda (12). Os professores e diretores do movimento reafirmaram durante que a greve era o último dispositivo ao qual estariam recorrendo, após não obter êxito em outros canais de negociação.
A categoria está mobilizada desde o último mês de novembro e segundo o movimento, durante todo esse período o Governo do DF não apresentou nenhuma proposta. Nesta quarta, (07), o GDF divulgou carta expondo motivos pelos quais não irá conceder o reajuste. Os professores pedem que o governo conceda um plano de ajuste salarial para os próximos três anos, cujo valor não foi definido.
Ficou acertado na assembleia que nesta sexta (09) haverá aulas normalmente. A diretora de imprensa do (Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Rosilene Correa, a categoria está aberta às negociações, como sempre esteve desde novembro, quando o estado de mobilização começou. “Não vamos engessar o processo de negociação”, afirmou. Além do reajuste, os professores pedem plano de saúde, incentivo para estudos, redução do número de alunos em sala de aula e ainda a redução da carga horária para profissionais com mais tempo de carreira.
Os professores devem realizar um ato público na próxima quarta (14), em frente à residência oficial do governador, em Águas Claras e marcaram a próxima assembleia para o dia 20 de março. De acordo com o Sinpro-DF, a categoria entrou em greve três vezes nos últimos dez anos, ficando paralisados por 54 dias em 2002, 7 dias em 2005 e 17 em 2009.
LRF – O governador Agnelo Queiroz afirmou mais uma vez nesta quinta (08) que o GDF está impedido de conceder aumento para qualquer categoria, porque se encontra próximo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, e lembrou que o segmentou recebeu o maior reajuste dado na atual gestão. "Como explicar para a população que vai suspender um serviço essencial uma categoria que recebeu 14% de reajuste, o dobro da inflação, e com piso três vezes maior que o nacional", questionou o governador.
Restante do país – Os professores da rede pública de ensino no país todo está em estado de mobilização e planejam uma paralisação de três dias para cobrar o pagamento do piso nacional do magistério. A paralisação deve ocorrer no período de 13 a 16 de março. Segundo o movimento, desde 2008, foi aprovada uma lei que institui remuneração mínima para profissionais da rede pública, mas desde então, estados e municípios afirmam não ter recursos para pagar o piso. A polêmica engrossou um pouco agora que o Ministério da Educação (MEC) anunciou que em 2012, o piso salarial da categoria em R$ 1.451, o que representa reajuste de 22%.
Foto, G1.