Taí duas coisas que não combinam: política e religião. Seja porque são ideologias ou ciências, ou conhecimentos – como queiram – que andam em lugares extremamente opostos, seja porque o estado brasileiro é Laico, o que quer dizer que não admite a interferência de crenças, quais sejam. Além disso, a Constituição Federal garante a isonomia de tratamento a todas e todos e a liberdade de crença. Mas muitas pessoas que ocupam cargos de representação da população nos Poderes não se lembram do estado é laico e criam as bancadas evangélicas nas casas de fazer leis, afinal, quem precisa legislar para ateus, judeus, muçulmanos, islamitas, evolucionistas etc? Quem precisa de mais que o voto das pessoas que não rezam pela mesma bíblia? A Câmara Legislativa do Distrito Federal, além de começar suas sessões com “a bênção de Deus” e com um crucifixo atrás da Mesa Diretora, também tem sua bancada evangélica e, como se fosse lícito legislar com a bíblia, agora os parlamentares que compõem a tal bancada da fé querem um encontro entre eles e o GDF, porque consideram que o diálogo está difícil. Um aviso aos pescadores de alma da CLDF: Evandro Garla (PRB), Celina Leão (PSD), Benedito Domingos (PP), Wasny de Roure (PT): guardem seus catecismos para suas vidas privadas, porque o Estado é Laico. Eu, heim, Santa! Tire sua bíblia do caminho, que eu quero passar com minha Constituição Federal…
