Os praças da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros do DF (CBDF) estão em estado de greve. A decisão foi tomada em assembleia na noite desta quarta (15). A categoria aprovou também o início de uma operação padrão (tartaruga), que deve serviços de segurança pública, já que durante a operação as viaturas da PM se deslocam conforme a velocidade permitida na via, independente da gravidade da ocorrência. Além disso, todas as autuações de trânsito que eram feitas pelos militares estão suspensas. O estado de greve é uma exigência legal antes do indicativo de greve em si para categorias que têm garantia desse tipo de movimento. A Constituição Federal proíbe ações grevistas para os militares.
A principal reivindicação dos militares são reestruturação da carreira e equiparação salarial com a Polícia Civil. DE acordo com informações da Associação dos Oficiais da PMDF (ASOF) o governo do Distrito Federala não complementa em nada o Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF para remunerar a área da segurança, pelo contrário, nos últimos anos, os salários dos integrantes da área de segurança, que são pagos integral e exclusivamente com os recursos do FCDF, permaneceram congelados enquanto o valor FCDF aumentou mais de 52%.
Os praças marcaram nova assembleia para 2 de março, na Praça do Buriti, mas de acordo com Sandro Avelar (foto), secretário de Segurança Pública, o governo não será pego de surpresa. “Nós temos planos de contingência caso ocorra esse movimento. Temos alternativas para suprir as eventuais dificuldades que possam ocorrer. Mas o que a gente espera, de fato, é que possamos resolver essa situação antes do início de março. O governo Agnelo Queiroz tem respeito pela corporação. E vamos negociar. Nada melhor do que isso”, afirmou o secretário, que espera ainda que até o dia 2 de março, o movimento já tenha sido desfeito.
Foto, Agência Brasília