Hospital Santa Lúcia sob suspeita de negligência mais uma vez

Publicado em: 16/02/2012

 

 

O Hospital Santa Lúcia mais uma vez é objeto de inquérito da Polícia Civil, sob suspeita de negligência no atendimento, após a morte de Marcelo Dino Fonseca de Castro e Costa, de 13 anos, filho do presidente da Embratur, Flávio Dino. Antes de Marcelo, o hospital foi acusado de negligência no atendimento do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, que também morreu em decorrência de um infarto, no mês de janeiro.

Marcelo tem asma e de acordo com informações do delegado Anderson Espíndola, da 1ª DP, que está acompanhando o caso, um tio relatou que o garoto passou mal na escola na segunda (13) e foi levado para o Hospital Santa Lúcia, com um quadro de bronquite asmática, chegou a apresentar uma melhora no quadro, mas morreu por volta das 5h30 desta terça. O tio afirmou que ele teve uma piora após receber um medicamento e que os médicos demoraram de prestar atendimento durante a crise.

Versão do hospital – Em nota distribuída nesta terça (14), o hospital alega que a causa da morte só poderá ser conhecida após o laudo do Instituto Médico Legal (IML) e que o medicamento ministrado foi um corticóide, o mesmo que ele tomou quando chegou ao hospital. De acordo com a assessoria de comunicação do Santa Lúcia, o medicamento não tem nenhuma relação com o mal súbito que ele teve e que ele foi encaminhado imediatamente para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ao chegar ao hospital.

A nota diz ainda que Marcelo passou a noite consciente e sendo monitorado na UTI, com quadro estável e que a família relatou à equipe de atendimento que o jovem tinha asma crônica e era usuário de broncodilatadores, e que chegou a perder a consciência durante uma crise na manhã em que foi internado. Informa também que houve tentativa de reanimação do paciente, sem resposta.

O hospital informou também que solicitou à Promotoria de Saúde do Ministério Público do Distrito Federal (MPDF), para apurar os procedimentos feitos pelo hospital no caso, e se compromete a liberar o acesso aos prontuários, equipamentos, medicamentos e instalações.

Foto, arquivo de familia.

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