Para quem ainda tinha esperança de uma reviravolta que impedisse a posse de Jader Barbalho (PMDB-PA), não há mais jeito. O peemedebista foi empossado na tarde desta quarta (28). Ele retomou o lugar que havia ficado com a já ex-senadora Marinor Brito (Psol-PA), que respondeu pelo cargo por 11 meses, no lugar de Barbalho, que tinha sido barrado pela Lei da Ficha Limpa. Como o Supremo Tribunal federal (STF) decidiu que a regra não valeria para as eleições de 2010, Jader conseguiu reverter a decisão que havia indeferido seu registro nas últimas eleições.
A senadora Marinor Brito bem que tentou se manter no cargo e entrou com um mandado de segurança no SF na última segunda (26), argumentando que a posse não poderia acontecer durante o recesso do Senado mas a liminar foi negada pelo vice-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, que afirmou que esta era uma “hipótese expressamente prevista” pelo Regimento Interno do Senado Federal.
Solenidade – A cerimônia de posse foi realizada na tarde de hoje, mesmo em pleno recesso parlamentar e foi conduzida pela vice-presidenta do Senado, Marta Suplicy (PT-SP). Oito senadores estiveram presentes à posse: o conterrâneo de Barbalho, Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PT-RR), o vice líder Gim Argello (PTB-DF), o segundo vice-presidente da Casa Waldemir Moka (PMDB-MS), o primeiro-secretário Cícero Lucena (PSDB-PB), e o terceiro-secretário João Vicente Claudino (PTB-PI).
Logo após ser empossado, o senador anunciou que vai apoiar o governo, mas admitiu que pode divergir em alguns casos e que seu compromisso maior “é com o povo brasileiro”. Jader disse que volta ao senado como “melhor aprendiz”e lamentou o fato de ter “perdido” 11 meses do mandato. Ele não quis falar sobre o mandato da ex-senadora Marinor Brito. “Não tenho tempo para divergências pessoais”.
Ficha encardida – Aos 67 anos, Jader Barbalho já foi deputado estadual e por duas vezes deputado federal, além de ter comandado o governo do Estado do Pará por duas vezes. Nas eleições do ano passado ele foi eleito com 1.799.762 votos, sendo o segundo senador mais votado, mas foi enquadrado pela Lei da Ficha Limpa e teve o registro indeferido por conta da renúncia ao mandato de senador, em 2001, para escapar de um processo de cassação.
Salário – Como o recesso parlamentar só termina em fevereiro, Jader ainda será agraciado com R$ 57.009,26, somando a ajuda de custo e os salários dos quatro dias de dezembro e o mês de janeiro. Ele começa seu novo mandato recebendo a bagatela de R$ 3,3 mil, que é o salário proporcional aos 4 dias de “trabalho” deste mês de dezembro, além da “pequena” ajuda de custo de R$ 26.723,13. A conta fecha em mais de R$ 50 mil, por conta do salário de janeiro, de R$ 26.723,13.
Enquanto isso, vale relembrar que o salário mínimo teve aumento e agora vale pouco mais de R$ 600,00.
Com informações e Foto da Agência Senado.
