Conforme anunciou, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), foi protocolada nesta quarta (21) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Privataria, que deverá investigar pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro durante as privatizações da década de 90, feitas no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O requerimento foi apresentado com 206 assinaturas e deve ser analisado pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Protógenes acredita que os deputados não irão retirar assinaturas do requerimento. A CPI foi motivada pelas acusações e documentos publicados no livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que também dispersa acusações sobre espionagem dentro do PT.
Até o momento, Marco Maia não havia autorizado a criação de nenhuma CPI e existem quatro esperando na Casa. Nesta quarta, Maia afirmou que irá autorizar a instalação de outras duas CPIs. A análise para a abertura da apuração só vai acontecer em 2012.
Tucanos contra a Privataria – Os deputados tucanos, Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), Antônio Imbassahy (PSDB-BA) e Fernando Francischini (PSDB-PR) assinaram o pedido da CPI da Privataria e já estão sendo pressionados para retirar o apoio, pela cúpula do partido.
Ano eleitoral – Protógenes afirmou que, mesmo sendo ano de eleições, não existe a pretensão de usar a CPI como arma contra adversários na corrida às prefeituras no ano que vem. Disse também que pretende chamar para depor na CPI alguns dos citados por Amaury no livro, mas que essas convocações é atribuição dos membros da comissão.