Recentemente, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) fez um pronunciamento em Brasília. Ele saudou o despertar dos brasileiros que cobram lisura no trato do dinheiro público e transparência nas contas. Mas, não deixou de questionar a falsidade de discursos “indignados e cansados”. Afinal, não se pode esquecer a campanha contra “os marajás” que levou corruptos ao poder, ou do moralismo da UDN que levou Getúlio Vargas à morte. “Santanás pregando Quaresma”, por exemplo, é ouvir discursos moralistas de certos políticos que mamaram por décadas nas tetas do Estado, mas que agora estão na oposição.
Não há como não reconhecer avanços significativos no combate à corrupção no Brasil, desde a criação da Controladoria-Geral da União (CGU), da ação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e das investigações da Política Federal. Até os jornalistas e políticos demagogos são obrigados a reconhecer que um sistemático combate à corrupção foi iniciado com o governo de Inácio Lula da Silva. Desde então, o aparelho policial especializado aumentou, auditores foram qualificados, salários recompostos, equipamentos modernizados e instituições ganharam independência. A transparência das informações dos poderes caracteriza um novo tempo.
O discurso demagógico, golpista, de moralismo de ocasião, encontra guarida em nossa mídia. Jornalistas confundem, propositadamente ou não, o aumento da percepção da corrupção com o aumento da própria corrupção. Entretanto, quem vai além da desinformação das manchetes, encontra relatórios muito bem documentados sobre o avanço do combate à corrupção no Brasil, que não é –com certeza – o “país mais corrupto do mundo”, isso não passa de um mito.
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