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Presidente da CLDF convoca Cláudio Monteiro para prestar informações

Publicado em: 03/04/2012

 

 

A Câmara Legislativa do Distrito Federal também quer saber do efeito cascata da Operação Monte Carlo da Polícia Federal e convocou Cláudio Monteiro, secretário-chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz (PT), para se explicar sobre o possível envolvimento com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela PF em 29 de fevereiro. Foi convocado ainda o policial civil Marcello de Oliveira Lopes, no dia 28 de março.

O requerimento apresentado pelo presidente da Casa deputado Patrício (PT) foi lido em plenário nesta terça (03) e pede que os acusados prestem informações aos distritais sobre citação de seus nomes nas investigações da PF. “Como órgão fiscalizador do Poder Executivo, a Câmara Legislativa precisa de esclarecimentos acerca de qualquer fato que coloque sob suspeição ações ou integrantes do GDF. O requerimento é uma oportunidade de ele esclarecer os fatos e se defender das acusações envolvendo o seu nome”, explicou Patrício.

Segundo denúncias, Monteiro foi um dos agraciados pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, com aparelhos antigrampos habilitados nos Estados Unidos. O chefe de gabinete nega as denúncias.

Já o policial Marcello, conhecido como Marcelão, atuava como assessor especial da Subsecretaria de Assessoramento Especial da Casa Militar e também é citado nas investigações. O agente foi exonerado do cargo na segunda-feira (02), segundo publicação do Diário Oficial do DF. Há denúncias de que Marcelão foi diversas vezes ao Rio de Janeiro para encontros com outros suspeitos investigados pela PF. Ele também é suspeito de supostas irregularidades em contratos com a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e de envolvimento com a agência de publicidade Plá.

Denúncias – Reportagem do jornal Folha de São Paulo de 16 de março trouxe dados de relatório do Ministério Público Federal apontando que o grupo comandado pelo empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, entregou telefones antigrampos para políticos. Entre eles, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que admitiu ao jornal ter recebido o aparelho, e Cláudio Monteiro, que negou. O policial civil também teria sido beneficiado com um aparelho telefônico registrado nos Estados Unidos para fugir de possíveis interceptações por parte da Polícia Federal e da Justiça.

O objetivo, diz o MPF, seria dificultar as eventuais investigações. A informação faz parte da Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro e que levou 31 pessoas à prisão por acusação de exploração de máquinas de caça-níquel. Em entrevista à TV Globo ontem, Cláudio Monteiro demonstrou indignação com referência a seu nome no escândalo envolvendo as conexões de Cachoeira. Em outra declaração, o secretário chegou a fazer um desafio à Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público Federal ou do DF “de apresentarem um único segundo de conversa telefônica dele com o acusado na Operação Monte Carlo”.

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