TV Bandeirantes na Mira do Conselho Distrital de Direitos humanos

Publicado em: 24/05/2012

A TV Bandeirantes nem bem saiu da polêmica envolvendo violação de direitos humanos na afiliada da Bahia (+aqui) e já está na mira do Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, que deve apresentar nesta quinta (24), uma representação no Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é a retirada dos quadros Academia das Panicats e Maior Arregão do Mundo, do programa Pânico na Band (Band), sejam retirados do ar por causa de “violação dos direitos humanos”.

Baseada nos artigos 127 a 129 da Constituição Federal, a representação pedirá que os dois quadros da atração sejam retirados do ar e, que no horário da apresentação dos mesmos, sejam exibidos vídeos educativos com o objetivo de combater “toda discriminação e exposição vexatória das mulheres”.

Para o presidente do Conselho, Michel Platini, e a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deputada Erika Kokay (PT-DF), existe a necessidade da instauração de inquérito civil para apurar “afronta à dignidade da pessoa humana”, porque os quadros citados expõem as dançarinas e demais funcionários a trotes, constrangimentos, torturas, mutilação e outros gestos vexatórios.

Para o Conselho, os trotes agressivos e desumanos não foram poucos. O destaque é o quadro onde a panicat Babi teve seus cabelos raspados ao vivo. Já no último dia 6, uma bailarina foi submetida a sessões de choques enquanto simulava a gravação de um comercial. Outra teve que comer pimenta japonesa, mesmo sendo alérgica a pimenta e uma outra ainda teve pó de mico jogado no sutiã.

Mais recente, no programa do dia 20 de maio, um funcionário teve que segurar um prego enquanto o outro participante tentava bater com o martelo e a prova foi interrompida por reclamações de dor do rapaz. No mesmo quadro outro funcionário foi escolhido para fazer a barba no interior de um carro pulando e teve o rosto todo cortado e sangrando.

A assessoria de imprensa da Rede Bandeirantes informou que não vai comentar o assunto.

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