Ricardo Teixeira é investigado pela Receita Federal

Publicado em: 03/03/2012

 

 

O cartola Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é alvo de investigação da Receita Federal, que recebeu indícios de que ele teria movimentado, de maneira ilegal, cerca de R$ 1,7 milhões dentro e fora do Brasil durante os últimos anos. Também está relacionado nas investigações Sandro Rosell, atual presidente do Barcelona e dono da Ailanto Marketing empresa ligada a Teixeira, que é suspeita de desviar recursos do amistoso entre Brasil e Portugal, em 2008, custeado por R$ 9 milhões do Distrito Federal.

De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo, os cartolas teriam usado a corretora Alpes, em São Paulo, para o desvio. No caso de Rosell, a polícia suspeita que ele não teria autorização legal para levar o dinheiro para fora do Brasil e trazê-lo de volta ao país. Nem a corretora nem os cartolas se pronunciaram sobre o assunto. Já o jornal O Estado de São Paulo publicou que Wagner Abrahão, dono da Pallas Turismo Esportivo e companheiro de Ricardo Teixeira num voo em jato particular para Miami, teria recebido R$ 446 mil do GDF pelo amistoso em 2008.

Ricardo Teixeira, disse, por meio de sua assessoria, que desconhece as suspeitas de evasão de divisas enviadas pela polícia à Receita Federal e, por isso, não comentaria o caso. A assessoria de imprensa internacional do Barcelona informou que Sandro Rosell não se manifestará sobre a Ailanto Marketing nem sobre a relação com Teixeira.

Ligações cruzadas – Os documentos mostram gastos sem explicação e dão conta de três transferências eletrônicas feitas da Ailanto à Pallas nos seguintes valores: R$ 203,9 mil, R$ 105,3 mil e R$ 138,1 mil. A Pallas foi fundada em 1998 e é prestadora de serviços da CBF. A empresa faz parte do grupo Águia, que teve autorização para comercializar ingressos VIP na Copa do Mundo de 2014.

Tanto Abraão quanto Teixeira foram acusados de crime contra a ordem econômica e relações de consumo pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, a Pallas pode receber duas vezes pelo mesmo serviço e a Federação Brasiliense de Futebol apresentou notas sobre gastos da empresa com transportes, hospedagem e aluguel de carros no valor de R$ 293.485.

Embora esteja sob pressão devido às inúmeras denúncias e alguns problemas de saúde, Teixeira não renunciou o cargo de presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL).

Com informações da Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. Fotos, Reuters e Folhapress.

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