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Haddad racha o PT com o Arcabouço/Calabouço fiscal neoliberal

Publicado em: 05/01/2024

CÉSAR FONSECA – Os impérios começam a se desmoronar de dentro para fora.

Os rachas acabam sendo fatais.

O PT não tem viés bolchevique socialista.

Tende à conciliação.

Lula, presidente, autenticamente, popular é, essencialmente, conciliador.

Herdou de FHC o desastre privatista e se recusou a investigar o vendilhão da pátria.

Não foi a fundo na investigação do roubo escancarado que foi a privataria da Vale do Rio Doce, maior mineradora do mundo, doada por 30 tostões.

Jogou para debaixo do tapete essa herança e buscou conciliação com os tucanos, que nunca gostaram de petista.

A história acabaria demonstrando essa evidência.

Depois de ser derrotado seguidamente por quatro eleições para Lula e Dilma, preferiram aliar-se à direita – e em seguida – à ultradireita do que marchar junto com a esquerda para fazer a revolução social-democrata brasileira nacionalista getulista.

A missão fernandina foi, sobretudo, dar cado da Era Vargas.

O PT tem nostalgia de ter nascido de uma costela de Adão, isto é, dos tucanos.

Golbery queria uma esquerda conciliadora para rachar o varguismo, enquanto dava o PTB de presente para Ivete Vargas.

Matou no nascedouro a candidatura de Brizola, o fio da história.

Em vez de botarem a mão para o céu e agradecer essa graça dos deuses por terem livrado os petistas dos seus algozes, antes que estes os esfaqueassem pelas costas, renderam à pregação dos traidores, numa conciliação criminosa, como diria Lauro Campos.

Abandonaram Paulo Freire, o libertário da educação.

Traíram Valdimir Palmeira e Darci Ribeiro, na disputa eleitoral pelo governo do Rio de Janeiro, dando preferência para Fernando Gabeira, garoto-propaganda da Globo, acabando por eleger Moreira Franco, direita carioca que vira pó para a milícia cheirar.

Acabaria o PT como globo-dependente, como é possível ver, agora, enquanto a comunicação popular das rádios e tevês comunitárias mergulham na falta de apoio e insuficiência financeira pelo governo popular..

Haddad vira manchete do Globo para, com o ego ferido, deitar falação contra o partido.

Mina as forças partidárias como fura-greve.

Repete Zinoviev e Kamenev, acusados por Lenin de fura-greve, em 18 de outubro de 1917, no auge da insurreição bolchevique, por se renderem ao chamamento burguês neoliberal de Kerenski.

Haddad rompeu com Lenin em tese acadêmica em que repudia o bolchevismo de 1917, em sua máxima pregação revolucionária: estatização dos bancos públicos, para promover socialismo sustentável livre da financeirização jurista imperialista.

Diabolizou a lição leninista colhida do marxismo expresso no Manifesto Comunista de 1847/48, programa essencial de Marx na luta político-partidária dos comunistas para construção da sociedade socialista.

O arcabouço/calabouço fiscal monetarista que Haddad, cria do Insper-Febraban, negociou com o parlamentarismo neoliberal da Faria Lima vira, em 2024, o calvário do PT no enterro do PAC lulista, nas águas do monetarismo ditado pelo Banco Central Independente, a fim de consagrar o triunfo da bancocracia tupiniquim.

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