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Empresário mente sobre ter financiado trio elétrico usado em manifestações

Publicado em: 05/05/2023

A CPI dos atos antidemocráticos da CLDF ouviu nesta quinta-feira (04) o empresário Adauto Lúcio Mesquita, suspeito de financiar ou arrecadar recursos para o pagamento do trio elétrico Coyote. O equipamento foi usado em manifestações no acampamento em frente ao QG do Exército, onde ocorreram ataques terroristas às sedes dos três poderes em 8 de janeiro. O depoente negou as acusações e disse que fez apenas três doações “pequenas” para o acampamento. No entanto, a CPI exibiu vídeos em que ele aparece recebendo o trio elétrico e elogiando o seu tamanho.

O deputado Chico Vigilante, presidente da CPI, garantiu que tem documentos sobre a contratação do equipamento. “Esse trio foi contratado por R$30 mil. Temos a listagem de quem contribuiu. O senhor é o arrecadador”, sentenciou Vigilante. Adauto continuou negando ter contribuído financeiramente e disse que apenas ajudou na negociação para baixar o preço. “Eles estavam negociando e eu falei para fazer um preço melhor. Sou o comprador na minha empresa, sei pechinchar. Tenho habilidade para negociar. Não paguei um centavo do Coyote. Ajudei, pagaram e ponto. Minha participação foi essa”, afirmou Adauto.

A deputada Jaqueline Silva (sem partido) mais uma vez questionou o empresário sobre a participação que ele teve quanto à contratação e financiamento do trio elétrico. “O senhor não teria feito nenhum aporte financeiro para o pagamento do trio, mas de alguma forma auxiliou nesse acordo”, perguntou a deputada. “Certo. Não paguei nada”, reiterou Adauto. Sobre a contratação de outdoors no DF durante a campanha presidencial, Vigilante também indagou ao depoente. “Quanto o senhor gastou com os outdoors que foram espalhados na cidade”, inquiriu o parlamentar. “Eu não gastei nada”, afirmou Adauto. “Mas o inquérito está apontando que foi o senhor quem contratou”, insistiu Chico. “O inquérito, né. É uma investigação. Sei que a polícia é competente e vai chegar em um veredito e ver que eu não contratei nenhum outdoor. Não vai chegar em mim. Tenho plena certeza de que não vai chegar”, declarou o comerciante.

Doações

Logo no início do depoimento, Adauto admitiu que realizou doação de dez mil reais para a campanha de reeleição do ex-presidente Bolsonaro. Além disso, fez o que chamou de pequenas doações para pessoas do acampamento em frente ao QG. Foi prontamente questionado pelo presidente da CPI: “Eu tenho aqui documentos de depoimento para a Polícia Civil, mostrando que não foram só R$ 100 reais não. Tem muito dinheiro aqui. O senhor foi um dos coordenadores da arrecadação [para o acampamento].

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