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Você que se solidarize com essas pessoas, diz Bolsonaro sobre mortos no Alemão

Publicado em: 22/07/2022

FOLHAPRESS – Jair Bolsonaro (PL) se negou, nesta sexta-feira (22), a prestar solidariedade às vítimas da operação no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, na véspera.

Bolsonaro só lamentou a morte do cabo Bruno de Paula Costa, a quem chamou de “irmão paraquedista”. Outras 17 pessoas morreram na ação policial desta quinta (31), entre as vítimas uma mulher que passava de carro na região. Uma outra morte ocorreu nesta sexta.

“Você que se solidarize com essas pessoas, tá ok?”, disse a jornalistas, quando questionado sobre as demais vítimas. O presidente visitava um posto de gasolina para celebrar a queda no preço dos combustíveis.

O chefe do Executivo disse ter ligado para a irmã do policial que trabalhava na UPP (Unidade de Polúcia Pacificadora) na região quando morreu durante a operação.

Em live na noite de quinta, o presidente comentou a ação da polícia do Rio e disse ter se emocionado da notícia do “colega paraquedista”.

“Fato lamentável lá do Rio de Janeiro, o cabo bruno de Paula Costa faleceu. Vitimado aí por confronto com bandidos”, disse Bolsonaro, em sua transmissão semanal nas redes sociais.

Bolsonaro aproveitou o episódio para criticar na live a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), de que apenas operações excepcionais podem ocorrer no estado enquanto durar a pandemia, e comparou o Rio de Janeiro a filmes de cowboy.

“É algo parecido quando a gente via filme de cowboy no passado, quando alguém cometia um crime nos Estados Unidos e ele fugia. Quando chegava no México, a patrulha americana não podia entrar naquele estado, e ele tava em paz no México. A mesma coisa acontece no Rio de Janeiro”, disse o presidente.

A operação desta quinta envolveu 400 policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), da Polícia Militar, e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Polícia Civil. Também foram utilizados dez blindados e quatro helicópteros.

Comandante do Bope, o tenente-coronel Uirá Nascimento afirmou que a operação foi necessária porque dados de inteligência indicaram que a quadrilha poderia se movimentar e cometer ações criminosas na cidade, como invasão de outras favelas e roubo a bancos.

Segundo ele, os bandidos estavam arregimentados com fardas militares similares às utilizadas pela PM e pela Polícia Civil para cometer atentados.

A polícia afirma que criminosos do Alemão estão praticando roubos de veículos, principalmente nas áreas dos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna.

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