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Bolsonaro decreta distribuição gratuita de absorventes após vetar projeto

Publicado em: 08/03/2022

, Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (8) um decreto que estabelece o fornecimento gratuito de produtos de higiene menstrual para mulheres em situação de vulnerabilidade, cinco meses após vetar iniciativa semelhante, em ato pelo Dia Internacional da Mulher.

Bolsonaro assinou o programa de saúde menstrual após receber duras críticas de opositores e grupos feministas por ter vetado em outubro pontos-chave de uma lei que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos, destinada a atender às demandas menstruais de estudantes e mulheres sem recursos.

Nesta terça-feira, Bolsonaro apresentou uma versão semelhante no Palácio do Planalto, dois dias antes de o Congresso analisar seu veto, então baseado na suposta falta de detalhes sobre o financiamento.

A iniciativa do presidente de extrema direita, que aspira a um segundo mandato nas eleições de outubro, beneficiará um número estimado em 3,6 milhões de mulheres de diferentes faixas etárias, algumas delas em situação de rua e estudantes.

O programa estabelecido por decreto terá um orçamento de 130 milhões de reais, segundo funcionários do Ministério da Saúde.

Bolsonaro já foi muito criticado por suas declarações consideradas misóginas e sexistas. Por exemplo, em 2014, o então deputado insultou uma colega ao garantir que “nunca a estupraria” por ser “muito feia”.

Durante o evento realizado por ocasião do Dia Internacional da Mulher em Brasília, o presidente defendeu que as mulheres “continuem cada vez mais participando conosco no futuro da nossa nação”.

Bolsonaro também assinou um projeto de lei com medidas de proteção às mulheres em situação de violência doméstica e um decreto que cria uma estratégia nacional para o empreendedorismo feminino.

Apesar desses anúncios, Bolsonaro foi criticado nesta terça-feira por sua participação anunciada em um evento na quinta-feira para promover a participação feminina na política no qual todos os palestrantes serão homens.

Karim Miskulin, presidente do Grupo Voto, organizador do evento, justificou à Folha de S Paulo a ausência de mulheres no palco: “Nós normalmente não temos acesso a estas autoridades”, afirmou. “Todos os grupos de poder político e econômico são masculinos”, expressou.

Já o público será composto inteiramente por mulheres.

 

AFP

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