Juiz parcial diz “Manobras políticas enterraram caso do tríplex de Lula”

Publicado em: 07/12/2021

O ex-juiz da Lava Jato em Curitiba, Sergio Moro (Podemos), acusado de parcialidade pelo STF, e que manobrou para tirar Lula da eleição de 2018, criticou nesta 3ª feira (7.dez.2021) a decisão do MPF (Ministério Público Federal) de reconhecer a prescrição do caso do tríplex do Guarujá, que imputava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Moro, de forma fraudulenta, condenou Lula no processo na 1ª Instância.

Moro disse que Lula se livrou do caso por conta de “manobras jurídicas”. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública afirmou ainda que crimes de corrupção tinha que ser “imprescritíveis”. No julgamento de Lula em 2017, Moro o sentenciou por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

“Manobras jurídicas enterraram de vez o caso do tríplex de Lula, acusado na Lava Jato. Crimes de corrupção deveriam ser imprescritíveis, pois o dano causado à sociedade, que morre por falta de saúde adequada, que não avança na educação, jamais poderá ser reparado”, disse o cinico do ex-juiz em seu perfil no Twitter.

O tríplex

O MPF reconheceu nesta 3ª feira (7.dez) a prescrição do caso do tríplex contra Lula. Assim, o MP não deve oferecer denúncia sobre o caso. O motivo para a prescrição é a idade do ex-presidente. Lula tem 76 anos e, mesmo se fosse condenado, a pena estaria prescrita até que pudesse ser colocada em prática.

Para quem tem mais de 70 anos, o período prescricional corre pela metade. “Desse modo, inexiste pressuposto processual para o oferecimento ou ratificação da denúncia quanto aos fatos imputados a (…) Luiz Inácio Lula da Silva”. Eis a íntegra da manifestação do MPF (273 KB).

O MPF afirma que o oferecimento da denúncia não tem base processual. O órgão cita a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que julgou o ex-juiz Sergio Moro parcial no processo contra Lula.

 

Com informações do Poder360

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